ATA DA OCTOGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
26-9-2007.
Aos vinte e seis dias do mês de setembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Neuza Canabarro. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cássia Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de Providência nos 4041 a 4063 e 4135 a 4137/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 4142 e 4143/07; pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providência nº 4146/07; pelo Vereador Dr. Raul, os Pedidos de Providência nos 4064 a 4069/07; pelo Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do Legislativo nº 183/07 (Processo nº 6203/07); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providência nº 4148/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 4144, 4145 e 4149/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Legislativo nº 203/07 (Processo nº 6826/07) e o Pedido de Providência nº 4147/07; pela Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Providência nº 4095/07; pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 4040 e 4138 a 4141/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 4070 a 4094, 4096 a 4134 e 4150 a 4162/07; pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Providência nº 4039/07; pela Vereadora Sofia Cavedon, o Projeto de Lei do Legislativo nº 189/07 (Processo nº 6390/07). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: nº 1077/07 (Processo nº 7368/07), solicitando autorização para ausentar-se do País das dezoito horas e vinte e cinco minutos do dia vinte e nove de setembro do corrente às nove horas e trinta minutos do dia sete de outubro do corrente, quando participará de Programa de Visita e Informação na República Federal da Alemanha; nº 1121/07, encaminhando Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº 212/05 (Processo nº 4464/05). Na ocasião, foram apregoados os Memorandos nos 314, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 321 e 322/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas, respectivamente: do Vereador José Ismael Heinen, ontem, na entrega da Medalha do Mérito Farroupilha, às treze horas e trinta minutos, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; do Vereador Adeli Sell, ontem, na Audiência Pública promovida pela Ouvidoria do Ministério Público e pelo Departamento de Relações Institucionais e Comunitárias da Secretaria da Segurança Pública, às quatorze horas, no Centro de Educação Ambiental Vila Pinto, em Porto Alegre; do Vereador Adeli Sell, amanhã, em Reunião-Almoço da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, às doze horas, em Porto Alegre; da Vereadora Maria Luiza, amanhã, na cerimônia de início das obras de pavimentação da CS-012, às dezesseis horas, no Município de Cambará do Sul – RS –; do Vereador Adeli Sell, amanhã, na solenidade de abertura do XI Encontro Nacional de Revendedores de Combustíveis, X Encontro de Revendedores de Combustíveis do MERCOSUL e ExpoPetro 2007, às dezenove horas, no Município de Gramado – RS –; da Vereadora Margarete Moraes, ontem, no aniversário da Casa de Cultura Mário Quintana, às dezenove horas, em Porto Alegre; da Vereadora Sofia Cavedon, amanhã, na segunda etapa do II Curso de Formação do 27º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande o Sul – Sindicato dos Trabalhadores em Educação – CPERS/Sindicato, no Município de Três Passos – RS –; da Vereadora Neuza Canabarro, amanhã, no jantar comemorativo ao nono aniversário da TV Universidade de Porto Alegre – UNITV –, às vinte horas, em Porto Alegre; do Vereador Adeli Sell, hoje, na Reunião-Almoço “Tá na Mesa”, às doze horas, na FEDERASUL, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 108, 1040, 1189 e 3197/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Sexagésima Oitava, Sexagésima Nona e Septuagésima Sessões Ordinárias e da Vigésima Primeira Sessão Solene. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Maria Dinair Acosta Gonçalves, Presidenta da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Sul – OAB/RS –, que divulgou a campanha “Ação de Cidadania – Registro Civil Tardio”, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, a ser lançada oficialmente no dia três de outubro do corrente, analisando dificuldades de acesso aos serviços públicos enfrentadas pelas pessoas que não possuem certidão de nascimento. Ainda, solicitou o apoio desta Casa para que sejam repassados recursos do Governo Municipal ao Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – CEDECA. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Claudio Sebenelo, Carlos Todeschini, Neuza Canabarro, João Antonio Dib, Maristela Maffei e Dr. Raul manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e cinqüenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas, constatada a existência de quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 009 e 010/7, discutidos pelos Vereadores João Antonio Dib, Carlos Comassetto e Guilherme Barbosa, o Projeto de Lei do Legislativo nº 128/07, discutido pelos Vereadores Adeli Sell e Claudio Sebenelo; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Guilherme Barbosa, o Projeto de Lei do Legislativo nº 179/07. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Resolução nº 026/07 (Processo nº 0602/07). Ainda, foi apregoada a Emenda nº 03, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Resolução nº 026/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen questionou a gestão do Senhor Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa e comentou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o sistema de tráfego aéreo instaurada na Câmara dos Deputados. Sobre o assunto, afirmou que o relatório final apresentado por essa Comissão aponta para o indiciamento de pilotos e controladores de vôo, não aprofundando a análise das causas dos problemas encontrados nesse setor. O Vereador João Antonio Dib teceu considerações acerca do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 008/05, de sua autoria, que trata da substituição do Prefeito no caso de impedimento do Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Ainda, leu trechos de documento enviado aos Vereadores desta Casa pela Associação dos Procuradores do Município, em que essa entidade posiciona-se contrariamente às alterações propostas pelo Projeto apresentado por Sua Excelência. O Vereador Adeli Sell, reportando-se aos mil dias do atual Governo Municipal, fez um balanço dos problemas que, na opinião de Sua Excelência, compõe esse período, principalmente no que se relaciona à sujeira na Cidade, ao transporte coletivo, ao estado de conservação das vias públicas e aos alagamentos das ilhas do Delta do Jacuí. Ainda, mencionou como positivos os investimentos do Governo Federal em Porto Alegre, alegando que, não fossem por essas verbas, a Cidade estaria muito pior. O Vereador Luiz Braz, referindo-se a críticas de integrantes do Partido dos Trabalhadores ao Governo Municipal, afirmou que diversos problemas existentes na Cidade são oriundos do período em que o PT esteve na Prefeitura. Além disso, discorreu acerca do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07, que dispõe sobre o desenvolvimento urbano do Município e institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre – PDDUA. A Vereadora Maristela Maffei referiu-se ao início, amanhã, da campanha nacional em defesa da legalização do aborto, promovida pela União Nacional dos Estudantes – UNE –, apoiando essa iniciativa. Em relação ao assunto, chamou a atenção para a necessidade de que esse tema seja discutido pela sociedade brasileira, atentando para o número de mortes causadas por complicações em decorrência de abortos clandestinos e salientando as dificuldades impostas a jovens por gravidezes indesejadas. O Vereador Haroldo de Souza discutiu a situação atual do ensino brasileiro, ressaltando que os jovens aprendem episódios sobre a História do Brasil, desde o Descobrimento, mas não lhes são ensinados aspectos referentes à situação política do País hoje em dia, particularmente sobre questões envolvendo corrupção e desvio de dinheiro público. Também, discursou sobre contradições nos âmbitos legislativos estadual e municipal, envolvendo, por exemplo, o comércio de bebidas alcoólicas. O Vereador Nilo Santos, parabenizando o Departamento Municipal de Habitação pela entrega de moradias populares na Rua Cristiano Kraemer, manifestou-se acerca das realizações do Governo José Fogaça na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Nesse contexto, replicou afirmações feitas pelo Vereador Adeli Sell, em Comunicação de Líder, justificando que é necessário reconhecer o trabalho em prol da Cidade, realizado pela atual gestão municipal. O Vereador Ervino Besson elogiou o desempenho do Prefeito José Fogaça, apontando a recuperação financeira do Município, o início da construção do Centro Popular de Compras e a efetivação do Distrito Industrial da Restinga como realizações importantes do seu mandato. Nesse sentido, asseverou que, durante o período em que o Partido dos Trabalhadores esteve na Prefeitura, essas questões não foram devidamente abordadas pelo Governo Municipal. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado pela Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Em continuidade, foram apregoadas as Emendas nos 01 e 02, de autoria do Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07 (Processo nº 4472/07). Após, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Adeli Sell, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07. Em prosseguimento, foi apregoada a Emenda nº 03, de autoria do Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Dr. Goulart, solicitando Licença para Tratamento de Saúde do dia de hoje ao dia três de outubro do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança o Suplente DJ Cassiá Gomes, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Adeli Sell, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 02 e 03, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 015/07, com ressalva das Emendas apostas, por trinta e dois votos SIM e um voto NÃO, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Luiz Braz, Carlos Comassetto, Márcio Bins Ely, Carlos Todeschini, João Carlos Nedel, Aldacir Oliboni, Sofia Cavedon, Elói Guimarães, Margarete Moraes, José Ismael Heinen, Maristela Maffei, Guilherme Barbosa, Claudio Sebenelo, Sebastião Melo, Professor Garcia e Haroldo de Souza e encaminhado à votação pela Vereadora Clênia Maranhão e pelo Vereador Elói Guimarães, em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e Não o Vereador Haroldo de Souza. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 015/07, os Vereadores Marcelo Danéris, Almerindo Filho e Ervino Besson e a Vereadora Maria Celeste cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos Vereadores Carlos Comassetto, José Ismael Heinen, Claudio Sebenelo e Adeli Sell. Também, foi apregoado o Memorando nº 323/07, firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa da Vereadora Maristela Maffei, hoje, na solenidade de posse da Diretoria do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul – SINEPE/RS –, às dezenove horas e trinta minutos, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS –, em Porto Alegre. Em seguida, foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07, por doze votos SIM, quatorze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Adeli Sell e pela Vereadora Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib e a Vereadora Neuza Canabarro. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07, por oito votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Bernardino Vendruscolo, Mario Fraga, Luiz Braz, Elói Guimarães, Clênia Maranhão e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini e Guilherme Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Maffei, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Na oportunidade, foi aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, nos termos regimentais. Também, o Vereador Ervino Besson formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Adeli Sell, no encaminhamento à votação da Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/07, tendo o Vereador Adeli Sell se manifestado sobre o assunto. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Resolução nº 043/07 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 096/07. A seguir, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca da inclusão na Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, do Projeto de Resolução nº 043/07 e do Projeto de Lei do Legislativo nº 096/07, tendo a Senhora Presidenta prestado esclarecimentos sobre o assunto. Às dezenove horas e dezesseis minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Luiz Braz, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Margarete Moraes, esta nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): De imediato,
passamos à
A Srª Maria Dinair Acosta Gonçalves, Presidenta da
Comissão Especial da Criança e do Adolescente da OAB do Rio Grande do Sul, está
com a palavra para tratar de assunto relativo à Ação de Cidadania – Registro
Civil Tardio, pelo tempo regimental de 10 minutos.
A SRA. MARIA DINAIR ACOSTA GONÇALVES: Boa-tarde a
todos, obrigada por aqui me receberem para fazer uma divulgação, já solicitando
a participação dos Srs. Vereadores para esse trabalho que a Comissão Especial
da Criança e do Adolescente da OAB, que ora presido, faz a respeito do Registro
Tardio da criança e do adolescente no período de vigência da Lei nº 8.069, ou
seja, o Estatuto.
Embora o registro civil de nascimento seja gratuito,
assegurado por lei federal, muitas crianças e adolescentes em Porto Alegre não
têm registro civil. São pessoas que estão clandestinas no seu País. Então a OAB
resolveu fazer essa campanha, chamando a população de Porto Alegre, chamando a
Câmara de Vereadores para que, junto aos seus eleitores, possa haver uma
movimentação nesse sentido, porque as pessoas que não convivem com a população
em vulnerabilidade pessoal, familiar e social não percebem, não chegam a
constatar a ausência de registro civil dessas pessoas de zero a 18 anos. Essas
pessoas, não tendo o registro civil - o primeiro documento que o Estado
assegura para a cidadania -, não podem ser incluídas nas políticas públicas,
porque não fazem parte de uma demanda. Além disso, quando, por defesa de
advogado, chegam a políticas públicas, elas não podem exercê-las por falta de
registro. Chegam pessoas – e aí eu já vinculo esse trabalho da Comissão da OAB
com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente - ao Centro de Defesa
pedindo o encaminhamento para exames médicos, exames mais sofisticados, por
exemplo, nos hospitais, os quais não concedem esses exames, inclusive clínicas
e outros, porque a pessoa não tem registro civil. Então, conhecendo esse fato,
essa demanda reprimida, digamos, de falta de registro das pessoas, a OAB
encampou a idéia de fazer o Registro Tardio. Está previsto, no dia 3 de
setembro, o lançamento desse Programa ou dessa Campanha, no 8º andar da OAB, e
a divulgação nos meios de comunicação. E, no dia 7, já está organizado também o
mutirão que será realizado na UniRitter, com sede na Vila Orfanotrófio.
Trabalharemos com essas três Vilas juntas, porque há muitas pessoas morando
ali, e, de repente, muitas delas não têm registro civil, e a gente fará com que
elas possam obter.
Estamos convocando o Cartório de Registro da 5ª
Zona, o Juiz de Direito da 10ª Vara, a OAB e os advogados do Cedeca, para que
possam registrar essas pessoas para que elas saiam com o documento de registro
na mão.
Esse é o pedido que fiz para ser incluído nesta Tribuna
Popular, que é esta ação de cidadania que trazemos e conclamamos para que os
Vereadores, junto aos seus eleitores, também divulguem a nossa Campanha para
que tenhamos mais brasileiros incluídos na cidadania. Essa é a primeira parte
da minha ação de cidadania, o Registro Tardio.
Mas eu quero aproveitar este momento, também, para
continuar com uma ação de cidadania, agora num outro enfoque. Por solicitação
da Equipe de Profissionais do Centro de Defesa que esteve, no ano passado,
aqui, em 2006, pleiteando ajuda da Comissão de Direitos Humanos para a
permanência do trabalho, eu quero fazer um relato - trouxe até por escrito este
relato para ser mais rápida na minha exposição.
Inicio agradecendo ao Ver. Márcio Bins Ely por ter
oportunizado este espaço e comunicando os Vereadores também a respeito da
não-devida aplicação de recursos no valor de 520 mil reais. Foi votada e
aprovada pelos senhores uma
Emenda apresentada pela Comissão dos Direitos Humanos, quando da votação do
Orçamento de 2006, para vigorar em 2007. Essa Emenda tomou o n° 50, e, agora,
venho, no papel de Presidente da Comissão Especial da OAB, fazer uma
solicitação aos senhores para que essa Emenda seja analisada por todos para
saberem de que forma poderão ajudar os profissionais que prestam esse serviço.
Foi
pleiteado um valor de 520 mil reais perante a Comissão de Direitos Humanos que,
na época, era presidida pelo Ver. Raul Carrion e demais integrantes, conforme a
Ata da 38ª Reunião Ordinária da Comissão de Direitos Humanos, da 2ª Sessão Legislativa
Ordinária, da 14° Legislatura, de 17 de setembro de 2006.
A
equipe de profissionais do Cedeca buscou o apoio desta Comissão de Vereadores
para que o serviço prestado, desde 2004, não se encerrasse e não causasse
prejuízos e danos irreparáveis a uma população de mais ou menos 500 crianças e
adolescentes e suas famílias, portanto muito mais pessoas estavam sendo
atendidas pelo serviço.
Esse
serviço que o Cedeca presta é uma política pública que foi votada pela Lei
Municipal n° 6887, de 1991, e no art. 2°, inciso III, há o nome de Serviços
Especiais, e o art. 6°, c, diz que esse Serviço Especial se chama
Proteção Jurídico-Social. Em 2006, o Conselho de Direito chegou à conclusão de
que não iria mais financiar, através do Funcriança, esse trabalho que estava
sendo desenvolvido por esse Centro de Defesa do Instituto dos Advogados do Rio
Grande do Sul, desde 2004. Como eles entenderam que não iriam financiar, essa
equipe do Cedeca, para evitar maiores prejuízos a essa população já atendida e
aos outros que ainda não tinham sido atendidos, pediram esse apoio à Câmara de
Vereadores.
Nessa
Ata que eu nominei estão as falas do representante do Governo, na época, Sr.
Léo Voigt; da Presidente, na época, do CMDCA, Luciane Escolto; e outros, e a
minha fala, quando eu apresentei esse Projeto do Cedeca na época, e outras
pessoas estavam participando dessa Comissão. Então, a que conclusão chegaram?
Foi sugerido que se fizesse uma Emenda ao Orçamento, apresentada por essa
Comissão de Direitos Humanos, para que, submetida à apreciação, se fosse
aprovada, repassasse o dinheiro através do CMDCA, porque a entidade não pediu,
diretamente, esse dinheiro. Segundo à Comissão e a Presidente do CMDCA, na
época, esse dinheiro deveria ser repassado ao CMDCA, Conselho Municipal de
Direito, e esse repassaria à Entidade, entre outras entidades.
Muito
bem, isso foi feito, foi conquistado, entre idas e vindas, foi conquistado esse
valor; veio para a Plenária, foi rejeitado, veio pela Comissão de Direitos
Humanos e foi votado e aprovado. Esse valor de 520 mil reais foi repassado pela
Prefeitura, que acatou a votação dos senhores, repassou ao Funcriança, e este,
que é administrado pela sociedade civil e pela Prefeitura, deveria fazer esse
repasse. Como não fez, abriu-se um Edital que repassou – especificamente está
no Edital – 520 mil reais, que foi o que o Cedeca pleiteou e conseguiu na
votação, para diversas entidades. Mas, em nenhum momento, consta no Edital essa
Entidade - Centro de Defesa - que conseguiu os 520 mil reais e que ampliou esse
valor para o CMDCA. Por isso viemos aqui pedir a colaboração dos senhores, pois
o valor foi ampliado para 1 milhão e 100 mil reais, que a Prefeitura destinou para esse serviço, ou seja, foi ampliado em
mais 520 mil reais. No Edital do CMDCA esses 520 mil reais foram repassados
para muitas entidades e não houve nenhuma reserva de 50 mil, de 60 mil, de 100
mil para esta Entidade de defesa que pleiteou esse valor.
Bom,
estão inconformadas essas pessoas, porque entendem que, se houve uma busca
junto à Comissão de Direitos Humanos para que se ampliasse esse valor ao CMDCA,
este teria um compromisso ético, já que a Presidente, na época, ficou de fazer
um repasse ou uma reserva de alguma coisa para essa entidade de prestação de
serviços jurídicos sociais, mas não fez.
Então,
o que acontece? A gente veio aqui, em nome dessa Comissão Especial da OAB, não
para defender especificamente essa entidade que pleiteou, mas as crianças e os
adolescentes que essa Entidade atende. Atrás deste folhetinho há o número de
ações que essa Entidade realiza. (Mostra folheto.) Mas sobre a entidade, eu
poderei falar mais se os senhores estiverem interessados em saber por que ela
surgiu, para saber exatamente o que faz o Cedeca.
Em
2005, eu vim aqui apresentar essa entidade, mas já passou muito tempo, os
senhores escutam tantas outras coisas... Mas o nosso pedido final - e deixo o
pedido em nome da Comissão Especial da OAB e em nome da equipe do Cedeca - é
para que a Câmara - que recebeu essa entidade, ouviu-a na Comissão de Diretos Humanos,
sugeriu Emenda, fez a Emenda, que veio para a Plenária, onde foi votado o
dinheiro, o dinheiro foi repassado para o Funcriança - interfira eticamente,
politicamente, já que fez essa votação e apreciação, junto ao CMDCA, para que
entenda que, se foi ampliado esse valor, essa entidade, no mínimo, tenha o
direito de ter reservada parte desses 520 mil reais para que prossigam no
serviço, porque o serviço está parado, praticamente parado, sem nenhum
recebimento de valor, desde 2006, quando foi o último repasse do Funcriança.
Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria celeste): Convidamos a
Drª Maria Dinair Acosta Gonçalves para fazer parte da Mesa.
O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Drª Maria Dinair Gonçalves, Presidenta da
Comissão Especial da Criança e Adolescente da OAB, hoje pela manhã, Doutora,
nós estivemos lá na PUC, com a nossa Presidenta, que fez um belíssimo
pronunciamento, lá, sobre a participação das Câmaras Municipais. E nós estamos,
não só de pleno acordo, Presidenta, mas achamos que isso deveria ser divulgado
para todos os Municípios do Rio Grande do Sul, porque é necessário um Orçamento
maior em relação aos problemas da criança. E eu concordo plenamente com essa
sua segunda parte, mas eu acho que esse trabalho magnífico sobre o Registro
Civil Tardio tem que ser registrado como, talvez, uma das grandes contribuições
no País, porque ainda há pessoas nascendo, entre aspas, clandestinamente. Nós
não temos ainda, nem o censo brasileiro, condições de apurar metodologicamente,
com credibilidade, quando temos, simplesmente, o registro civil tardio. Mesmo
que seja uma correção, ele é também um ato de solidariedade, é um ato social
importantíssimo. Por isso, tenho certeza de que todos os pronunciamentos aqui,
hoje à tarde, serão unânimes em favor desse seu trabalho. Assim, parabenizo a
senhora pelo seu trabalho e falo em nome do Ver. Luiz Braz, que virá logo a
seguir. Essa é uma ação de cidadania. É indispensável para nós, hoje, sabermos
que, pelo menos, o antigamente chamado direito de nascer passa a ser uma
realidade burocrática, pelo menos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores
- nosso Líder, Ver. Adeli Sell; Verª Margarete Moraes, Verª Sofia, Ver.
Oliboni, Ver. Comassetto, Ver. Marcelo e Ver. Guilherme Barbosa -, a nossa
saudação à Srª Maria Dinair Acosta Gonçalves, Presidenta da Comissão Especial
da Ordem. No ano passado, quando estávamos na Comissão de Direitos Humanos e
Cidadania, a senhora demandou uma agenda, e realizamos esse debate sobre a
questão das debilidades, das necessidades do Cedeca, porque estava em vias de
não ter mais recursos. Então, à época, por proposição do Ver. Raul Carrion,
havíamos feito Emendas individuais, a Verª Maria Celeste, a Verª Margarete e
eu, e nós retiramos todas as nossas Emendas e apresentamos como Emenda única,
em nome da Comissão, com o valor de 527 mil reais, e a Emenda foi acatada e
aprovada, conforme documentação muito bem clara e explícita. Esse recurso foi
gravado para o Funcriança, e a sua entidade deve, pelo menos, fazer jus a uma
parte do recurso, pois parece que está havendo problema, que não está sendo
cumprido aquilo que foi acordado. Então, nesse particular, nós lhe damos toda a
razão, porque foi a entidade que se mobilizou em função da necessidade, da
carência e do desejo de continuidade daquela política, daquele trabalho. E
muito bem faz a senhora em vir aqui fazer o registro para que seja cumprido,
seja reconhecido o esforço, porque esses 527 mil reais foram agregados à
política do setor. Se não tivesse a Emenda, eles teriam 527 mil reais a menos.
Portanto, é justa a sua manifestação e tem, aqui, a anuência dos Vereadores que
eram da Comissão à época - a nossa Presidenta, Verª Maria Celeste, a Verª
Margarete, e nós mesmos, que continuamos na Comissão de Direitos Humanos.
Então, cumprimentos pelo seu trabalho. Somos solidários e dizemos que esta Casa
está aberta. A Tribuna Popular não é favor e não é doação de nenhum Vereador:
ela está aberta para todas as entidades, para toda a sociedade de Porto Alegre,
basta que seja solicitada, e o microfone sempre estará aberto para a senhora,
bem como para as outras pessoas. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra, nos termos do artigo 206 do Regimento.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Srª
Maria Dinair Acosta Gonçalves, Presidenta da Comissão Especial da Criança e do
Adolescente da OAB, nós da Bancada do PDT estamos solidários com todas as
colocações, e eu faria, como Vereadora, um único registro, que é em relação ao
Funcriança. Veja bem, é de responsabilidade do Município o atendimento à
criança e ao adolescente. O Funcriança é uma forma de trazer recursos de fora,
do meio empresarial. Eu solicitei uma audiência com o Prefeito, na sexta-feira,
às 11h30min, que me foi concedida, e eu irei acompanhada de oito entidades que
atendem crianças e estão com dificuldades na liberação de recursos. Para se ter
uma idéia, esse recurso é carreado, é procurado pelas entidades com a empresa
privada. A AACB conseguiu recursos de empresários de São Paulo, já estão aí 2
milhões e 100 mil reais, e tem sido uma verdadeira dificuldade, a conta-gotas
estão liberando os recursos. Até agora, conseguimos que apenas 400 mil reais
fossem liberados. Recursos esses que sequer são do Município; são recursos que
vêm de fora. Então, eu estarei acompanhando essas oito entidades e estendo o
convite: se a senhora quiser nos acompanhar, será às 11h30min de sexta-feira.
Depois nós podemos conversar, será um prazer, para discutirmos assuntos de
interesse da criança e do adolescente em Porto Alegre.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do artigo 206 do
Regimento.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, minha cara Drª Maria Dinair
Acosta Gonçalves, Presidenta da Comissão Especial da Criança e do Adolescente
da OAB; em primeiro lugar, meus cumprimentos pela ação Registro Civil Tardio.
Enquanto o indivíduo não tiver sua certidão de nascimento ele não será cidadão,
não existirá, não estará no mundo. Então, meus cumprimentos. Em segundo lugar,
nós todos estamos preocupados com o que ocorreu aqui na aprovação de uma Emenda
de 520 mil reais, com documentos comprovados de que a solicitação foi pelo
Cedeca, que terminou não recebendo nenhuma parte desses 520 mil reais para
atender as crianças, para a defesa da criança e do adolescente. Acho que é
muito importante a presença de V. Sa. no dia de hoje. Pelo visto, talvez
possamos somar esforços no sentido de buscar alguma coisa para o Cedeca ou,
então, fazer no próximo Orçamento - deverá entrar agora no mês de outubro a
proposta do Prefeito - uma outra Emenda dirigida para o Cedeca, fazendo a
justiça que merece o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, porque
lutou, conseguiu ampliação dos recursos e não recebeu parte, pelo menos, dessa
ampliação de recursos. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta; Drª Maria Dinair, nossa amiga; depois do Conselho Tutelar, do
Conselho de Direito, tem também a questão legal, além da sensibilidade, que,
para nós, é um instrumento fundamental para podermos colocar em prática todas
as lutas que temos em relação ao cuidado de fazer cumprir os direitos da
criança e do adolescente; é, com certeza, o principal elemento dessa rede
integradora, que é um dever de todos nós que queremos uma cidadania. Digo que a
Bancada do PCdoB se coloca inteiramente à disposição na luta, no pleito
colocado aqui, e quero dizer do nosso respeito. Como Presidenta da Frente
Parlamentar da Criança e do Adolescente me coloco como parceira para que, de
fato, as nossas crianças e adolescentes estejam, como estão na Constituição
Federal, como estão no ECA: em primeiro lugar. Muito obrigada. Parabéns! Volte
sempre.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL: Exma Srª Verª Maria Celeste, Presidenta da Casa; Srª
Maria Dinair Acosta Gonçalves, Presidenta da Comissão Especial da Criança e do
Adolescente da OAB do Rio Grande do Sul, é com satisfação que falo em nome da
Bancada do PMDB – dos Vereadores Haroldo de Souza, Sebastião Melo e Bernardino
Vendruscolo -, trazendo o nosso apoio, a nossa solidariedade e dizendo da importância
desse trabalho que é feito pela entidade, dizendo, assim, que a sua vinda aqui
hoje já é um fator que, com certeza, vai mobilizar a sociedade no sentido de
que seus pleitos aqui trazidos sejam atingidos. Independente disso, a questão
da ação da cidadania é extremamente importante, o registro civil. Eu, como
médico comunitário, há muitos e muitos anos atendendo nas nossas vilas
populares, convivo, no dia-a-dia, com essa realidade dura das pessoas, muitas
excluídas, enfim, com a violência, com a falta de atendimento. E quando vemos
ações como essa, vemos que realmente elas são extremamente necessárias. Eu
acredito que a orçamentação para a área da Criança e do Adolescente realmente
tem que ser muito adiantada, assim como para a área do Planejamento Familiar -
que é uma área à qual me dedico muito, porque nós precisamos realmente ter na
Cidade um planejamento familiar mais forte, dando acesso, dando orientação e
dando resolução, principalmente para as pessoas de baixa renda, que muitas
vezes não têm esse alcance.
Então,
eu gostaria de deixar aqui o nosso apoio e a nossa solidariedade, e, com
certeza, o sucesso está ali adiante, através da sua mobilização.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Não havendo mais nenhuma Bancada inscrita para fazer sua manifestação,
encerramos este momento de Tribuna Popular, agradecendo pela participação da
Maria Dinair, nesta tarde, e gostaríamos de dizer da nossa disposição em
continuarmos colaborando, como foram todas as falas das Bancadas, no sentido de
buscarmos uma solução para essa questão que aqui foi levantada. Muito obrigada.
Suspendo
a Sessão para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h54min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 15h): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº 4284/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 128/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que altera a ementa e
acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 7.497, de 21 de setembro de
1994, alterada pela Lei nº 8.867, de 28 de dezembro de 2001, que estabelece
penalidades aos estabelecimentos comerciais que venderem ou servirem bebidas
alcoólicas a crianças ou adolescentes menores de idade e dá outras
providências, determinando que o
comerciante exija documento de comprovação da idade do consumidor, quando
houver dúvida sobre a maioridade desse.
PROC. Nº 6819/07 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 009/07, que cria a Subunidade 02 na Unidade de
Estruturação Urbana (UEU) 048 da Macrozona (MZ) 1, define Regime Urbanístico e
dá outras providências.
PROC. Nº 6904/07 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/07, que dispõe sobre o Fundo Municipal de
Desenvolvimento – FMD, institui o Conselho Gestor do FMD na forma da Lei
Complementar nº 11.124, de 16 de junho de 2005, revoga a Lei Complementar nº
337, de 10 de janeiro de 1995, que cria o Conselho Municipal de Acesso à Terra
e Habitação – COMATHAB, e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 6063/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/07, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia Municipal de Conscientização do
X-Frágil e a Semana Municipal de Estudos e Conscientização sobre a Síndrome do
X-Frágil e dá outras providências.
PROC.
Nº 6777/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/07, que dispõe
sobre o desenvolvimento urbano no Município de Porto Alegre, institui o Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre – PDDUA, e dá
outras providências.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, no primeiro dia de Pauta felizmente não temos
nenhum projeto de lei. É um avanço nessa área. Mas, no segundo dia de Pauta,
temos três e, no terceiro, mais dois, sendo que um desses dois é o Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre. Faltam 96 dias
para o fim do ano; vamos contar os sábados, domingos e feriados e vamos saber
que não há condições maiores de votar. Enquanto discutem quem vai compor a
Comissão Especial para analisar o problema, ficamos vendo o tempo se escoar sem que nada
tenha sido feito até então. Chegou tarde na Casa, chegou com dificuldades de
interpretação, e nós então temos pouco tempo para tentar trazer a solução para
o problema neste ano.
Há aqui uma solicitação do Executivo, em segunda
Sessão, que é a criação de uma Subunidade 2 na Unidade de Estruturação Urbana
48 da Macrozona 1, definindo o Regime Urbanístico e dando outras providências.
É uma instalação que pretende o Judiciário gaúcho para suas Varas da Fazenda
Pública, Cíveis e da Família; são 41 Varas hoje, e o prédio é de 71 mil metros
quadrados, com estacionamento para 1.100 veículos. Realmente, estacionamento é
uma coisa que falta inclusive aqui no Fórum, e que precisa ser cuidado com
interesse. Eu havia solicitado que fosse incluído o processo que deu origem ao
Projeto, que chegou às minhas mãos neste momento. Foi aprovado, vejo aqui, no
Conselho do Plano Diretor, aprovação homologada pelo Prefeito, e tenho aqui
plantas que poderão ser analisadas pelos demais Pares, porque não tive a
oportunidade de fazer a análise das mesmas, mas sei que não há dúvida nenhuma.
Este Projeto do Executivo se iniciou neste ano de 2007, no dia 18 de junho,
portanto ele tramitou normalmente, foi examinado, como eu disse, pelo Conselho
do Plano Diretor, onde foi aprovado por unanimidade, e agora vem à consideração
da Câmara para que aprove os índices. Chamo a atenção para o prédio, que terá
78 metros de altura.
Há também um Projeto de Lei do Executivo, em
segunda Sessão, que faz alterações no Fundo Municipal de Desenvolvimento,
instituindo o Conselho Gestor para esse fundo, e cria o Conselho Municipal de
Acesso à Terra e à Habitação; esse Comathab já foi criado, acho que há uma
alteração sobre o mesmo.
Esses eram os três Projetos a comentar, e agradeço
a atenção de todos. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.O Ver.
Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
senhores e senhoras, gostaria de analisar, hoje, dois Projetos do Executivo que
estão em 2.ª Sessão de Pauta e que têm uma relação direta com um Projeto que
está em 3.ª Sessão de Pauta, que é o Projeto do Plano Diretor.
Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, se nós estamos num processo de revisão do Plano Diretor,
creio que toda e qualquer alteração relacionada ao Plano Diretor tem que vir a
esta Casa no Projeto de Revisão, e não num conjunto de Projetos paralelos –
Ver. João Antonio Dib –, porque nós recebemos aqui, neste momento, o PLCE nº
009/07, propondo criar a Subunidade 02 na Unidade de Estruturação Urbana (UEU)
048 da Macrozona (MZ) 1, que é aqui no Centro. Isso significa uma mudança de
regime urbanístico para uma região específica, e, como estamos analisando o
Plano Diretor, tem que vir junto.
E o segundo, o PLCE nº 010/07,
que dispõe sobre o Fundo Municipal de Desenvolvimento - FMD - e institui o
Conselho Gestor do FMD na forma da Lei Complementar n.º 11.124 e acaba com o
Conselho Municipal de Acesso à Terra e à Habitação – Comathab, Conselho este
existente há muito tempo e que não tem como única função gerir o Fundo
Municipal de Desenvolvimento, mas discutir a política habitacional de
desenvolvimento para o Município. Portanto, aqui há um equívoco em propor a
extinção do Comathab. Nós temos que separar um tema do outro. E no momento em
que se está complementando o Fundo Municipal de Desenvolvimento, há uma
terceira contradição aqui, Verª Neuza Canabarro, uma vez que o Estatuto da
Cidade determina que, até o final de 2007, o Município já tenha criado o Fundo
Municipal da Habitação junto com o Conselho Municipal das Cidades, no âmbito do
Município. Isso é resolução do Estatuto das Cidades; isso não está sendo
tratado. Se estamos fortalecendo um Fundo que já existe, criando um Conselho
para este Fundo, nós vamos criar quantos Conselhos relacionados à habitação? Há
o Comathab, e está sendo proposta a sua extinção, assunto sobre o qual não
temos acordo nesta Pauta. Nós estamos criando uma legislação, mas não estamos
adequando a Legislação Municipal à Legislação Federal. O Município, com essa
agenda que propôs, fica fora da agenda política nacional. Então, queremos aqui
alertar que o Executivo está equivocado e desintegrado na forma como está
colocando esses dois instrumentos para nós votarmos. Eu trago esse diálogo
fraternalmente, porque entendo que o Município precisa, urgentemente,
adequar-se à política nacional no que diz respeito à regulamentação e à
complementação das leis existentes, que é a Lei do Estatuto da Cidade, aprovada
em julho de 2001. Portanto, são seis anos de vigência do Estatuto da Cidade e,
até o momento, não temos a sua regulamentação constituída e construída pela
política municipal, que deve ser de autoria do Executivo.
Trago esses alertas e quero
continuar discutindo estes dois temas, principalmente os Projetos que estão
vindo paralelos à revisão do Plano Diretor, e a questão do Fundo Municipal de
Desenvolvimento e a sua relação com o Estatuto da Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver. Carlos Comassetto. Solicito à Verª
Margarete Moraes, com a concordância do nosso Ver. João Antonio Dib - Vereador
mais antigo da Casa -, que a Verª Margarete, como ex-Presidenta, assuma os
trabalhos, uma vez que a Mesa Diretora está em uma reunião de emergência, neste
momento. Muito obrigada.
(A Verª Margarete Moraes assume a
presidência dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde,
Verª Margarete Moraes, que dirige a nossa Sessão, não tive a oportunidade de
estar antes nesta Casa; é um prazer vê-la dirigindo a nossa Sessão; colegas
Vereadores e Vereadoras. Hoje, realmente, neste período de Discussão Preliminar
de Pauta, os Projetos importantes são do Executivo. O primeiro deles, já
comentado, eu já o abordei em outro momento, portanto, não me alongarei, é o
que diz respeito à modificação do Plano Diretor e sobre uma série de
procedimentos inadequados que estão sendo exigidos. E nós chegamos a fazer essa
solicitação ao Prefeito José Fogaça, para que retire o Projeto e faça as
correções, porque, da forma como está o Projeto aqui, não é possível trabalhar,
não é adequado nós jogarmos o nosso tempo analisando o que está na Câmara, já
tendo sido anunciado que haverá modificações.
Um outro Projeto que quero abordar é o que foi
discutido pelo Ver. João Antonio Dib, o PLCE nº 009/07, que cria a Subunidade
02 na Unidade de Estruturação Urbana 048 da Macrozona 1, que define Regime
Urbanístico e dá outras providências. O Ver. João Antonio Dib, na sua fala,
esclareceu onde está localizado este terreno, na esquina da Av. Ipiranga com a
Av. Edvaldo Pereira Paiva. Hoje, é um campo de futebol ao lado da ADVB,
portanto, praticamente, às margens do Guaíba, só está do outro lado da Avenida.
E nós ficamos muito assustados quando verificamos que o projeto do prédio vai a 78 metros ou 26 andares. Todo mundo
está acompanhando, e hoje há um debate muito forte na Cidade em que a
comunidade - quase que de forma unânime – queixa-se dos prédios com altura de
52 metros, 17 pavimentos. E exatamente quando esse debate se dá - há notícias
de que a proposta do Poder Executivo para modificação do Plano Diretor, em
várias regiões da Cidade, baixaria essa altura -, vem essa proposta que eleva
para 78 metros, 26 andares, na “cara” do Guaíba. Portanto, inicialmente, a
gente toma um choque; não há como se aceitar um projeto como este, que vai dar
um impacto ambiental e visual enorme naquela região da Cidade. Então, a
primeira manifestação é em relação a isso, que considero um exagero para aquela
região da Cidade.
Em
terceiro lugar, também quero comentar sobre o PLCE nº 010/07, que cria o
Conselho Gestor do Fundo Municipal de Desenvolvimento, mas aproveita e extingue
o Comathab. Na Sessão da última segunda-feira, eu
já havia comentado este importante Projeto, realmente precisa haver um conselho
gestor para o Fundo Municipal de Desenvolvimento, mas não tem por que, Ver.
Ismael, extinguir o Conselho Municipal de Acesso à Terra e Habitação, porque as
tarefas são diferentes. O conselho gestor vai discutir, deliberar onde serão
aplicados os recursos do Fundo, que, conforme o Projeto, vêm de várias origens.
O Conselho Municipal de Acesso à Terra e Habitação discute, Verª Maristela, a
política de habitação social a ser definida no Município. Ora, uma coisa não
tem nada a ver com a outra; a criação do conselho gestor não conflita com a
existência do Comathab. Portanto,
como já disse e repito, parece-me um contrabando. Então, a nossa concordância
com a criação do conselho gestor - vamos discutir um pouco a composição, mas
acho que está razoável também; mas quero dizer que somos contrários à extinção
do Comathab. Não há conflito, as tarefas são
diferentes; portanto, não vejo razão para que o Comathab seja extinto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes):
Apregôo o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita a
retirada de tramitação da Emenda nº 02 ao PR nº 026/07, cuja Ementa é (Lê.):
“Altera, no Anexo de Especificação de Cargos em Comissão da Lei nº 5.811/86,
requisitos para recrutamento.”
Também
apregôo, para o mesmo PR nº 26/07, a Emenda nº 03, de Liderança, assinada pelo
Ver. João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, que diz o seguinte (Lê.):
“Incluam-se, nos Requisitos para o Recrutamento, de que trata o art. 1º do PR
nº 026/07: 1- Na letra b), após a expressão ‘Ciências Contábeis ou
Ciências Econômicas’, a expressão ‘ou Administração’. 2- Letra c), com a
seguinte redação: ‘ser funcionário ativo ou inativo da Câmara Municipal de
Porto Alegre’.”
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, eu
não poderia deixar passar sem comentar, criticar e me colocar radicalmente
contra o Projeto de Lei que está na 2ª Sessão de Pauta e que diz o seguinte
(Lê.): “... estabelece penalidades aos estabelecimentos comerciais que venderem
ou servirem bebidas alcoólicas a crianças ou adolescentes menores de idade
[crianças e adolescentes, que são, evidentemente, menores de idade],
determinando que o comerciante exija documento de comprovação de idade do
consumidor, quando houver dúvida sobre a maioridade desse.”
Bom,
é um Projeto de Lei inócuo, desnecessário e oportunista, porque já existe Lei:
é proibido vender bebidas para menores de idade. A Lei existe, é Lei Federal.
Penalidades: são as penalidades que existem na Lei Federal e, inclusive, no
Código Penal. É impressionante como na Assembléia Legislativa do Estado e nesta
Câmara, em alguns momentos, quando alguém se acha dono do mundo, sabedor de
tudo, lança idéias, principalmente depois dessa corrida desenfreada do nosso
Secretário de Segurança Pública sobre a tal da Lei Seca. E, sistematicamente,
teimam em colocar dados na mídia sobre Diadema, que não são verdadeiros, é só
entrar no site da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de São Paulo
para saber que a Lei entrou em vigor em julho de 2002, sendo que desde 1999 foram
feitos investimentos e um conjunto de ações que diminuíram a criminalidade em
36%, e passa-se a idéia de que Diadema resolveu o problema. Não é verdade!
Inclusive a primeira cidade que adotou a Lei Seca foi Barueri, cujos índices de
criminalidade e violência aumentaram! Pode ser um índice importante; agora,
para isso não precisa de lei municipal. Está errado isso aqui. Está errado! O
que existe é falta de fiscalização!
Quando
eu fui Secretário da SMIC, junto com o Procon, com o Dr. Appel, do Procon estadual
– faça-se justiça a ele -, fomos de bar em bar, nas madrugadas. E quem quer ser
gestor público, tem que sair dos salões acarpetados, ir para a rua e ver o que
acontece! O Ver. Dib disse várias vezes aqui que, quando ele era Secretário de
Transportes, pegava os ônibus e ia para o fim da linha. Muito bem, Ver. João
Dib! O gestor público tem que fazer isso, é obrigação; que bom que o senhor
fazia isso. Pena que atualmente não se faz isso.
Nós
temos leis, Ver. DJ Cassiá - nobre Vereador do PTB, inclusive já discuti com
sua Bancada sobre esse tema -, nós temos legislação, é preciso fiscalizar.
Querem os locais? Eu desafiei o Secretário. Tem festa rave na Zona Sul
todos os finais de semana no Rincão, eu posso mostrar onde é, e a maioria dos
participantes é menor de idade. Tem outras festas importantes, cujo
patrocinador é uma grande multinacional: ninguém põe o bico lá. Quando tem o
famoso Pepsi on Stage, quando tem o Vibezone da Coca-Cola, ninguém mete o
bico e todo mundo sabe que a metade de quem está lá é menor de idade. Vamos
parar com essa demagogia, com esse negócio de querer salvar a pátria fazendo um
Projeto inócuo, inconstitucional. Não tem sentido! Por isso a desmoralização da
Câmara de Vereadores, porque existe Lei, mas é preciso ir lá e fiscalizar!
Então
nós precisamos fazer esse tipo de ação. Quem pode fazer? Todos os órgãos que
têm relação com isso. Tem estrutura para o Departamento da Criança e do
Adolescente? Tem estrutura para o Procon, que só tem um funcionário - o resto é
cedido, tem agente do Governo Federal, o resto é CC – na fiscalização? Eu estou
falando, não no Procon como um todo. Não tem cabimento!
Por
isso eu me oponho, vou fazer campanha contra e vou mostrar em todos os lugares
aonde eu for que tem que parar com esse negócio, como se a pessoa não soubesse
que existe Lei Federal, como se estivesse salvando a pátria, apresentando
Projeto de Lei completamente inconstitucional. Nem vai passar na Comissão de
Constituição e Justiça, porque eu tenho certeza de que seus sete Vereadores vão
votar contra esse Projeto.
Então
concluo aqui: vou falar o que eu tenho certeza e tenho o direito e o dever de
dizer que está errado!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores, Ver. Adeli, com todo o
respeito e toda a paciência que V. Exª não dedica a este Vereador, já
reiteradas vezes, eu quero dizer que essa proposta não é nem oportunista. Tenho
testemunho da Presidente da Casa sobre a questão da bebida e da criança na
Conferência Estadual dos Direitos da Criança, em que foi pedido a todos os
Municípios que houvesse legislação responsabilizando o comerciante. Existe
realmente na Lei nº 7.497, de 21 de setembro de 1994, determinando que,
começando pela Carta Magna... E, por fim, o Dr. Cláudio Roberto Velasquez diz
que a matéria objeto da proposição infere-se dos preceitos legais indicados e
está incluída no âmbito da competência municipal, inexistindo óbice legal à
tramitação, isto é, não há nenhuma inconstitucionalidade. O espírito desse
Projeto está ligado à Lei nº 8.867, de 28 de dezembro de 2001, que estabelece
penalidades aos estabelecimentos comerciais que venderem bebidas a crianças.
Porém, tem que determinar que o comerciante exija o documento, pois há casos em
que há dúvida. E esse foi um pedido explicito do Ministério Público do Rio
Grande do Sul para que houvesse a inclusão desse recurso legal, no sentido de
que haja o pedido da identificação e da determinação da idade, quando houver
dúvida sobre a maioridade do consumidor, bem como a responsabilização do
comerciante.
Quanto
ao Secretário de Segurança - como V. Exª vem afirmando -, ele não é nenhuma
pessoa ingênua e nem quer mudar os dados estatísticos do crescimento da
mortalidade e morbidade da criminalidade; dados esses, muitas vezes,
constrangedores. Ele não tem nenhuma ilusão de que um Projeto como esse vai
terminar com o assunto, vai determinar a baixa dos dados estatísticos. Não! É
que o Projeto está incluído em quase trinta iniciativas para esse fim, mais
especificamente em uma iniciativa que nunca foi experimentada na cidade de
Porto Alegre - e Porto Alegre tem que ter a sua experiência antes e depois da
Lei, para, aí, então, ser avaliada. Eu acho que essa avaliação tem que ser
feita sem nenhuma outra conotação que não seja fazer apenas oposição por
oposição. E, depois, confrontados os dados estatísticos, diminuída a
estatística de mortalidade e morbidade, é muito melhor nós termos a nossa
experiência e não nos espelharmos na experiência de Barueri, de Diadema, de
outras cidades que, pelo tamanho, pelas características de cada uma delas, pela
regionalização, são completamente diferentes umas das outras, culturalmente, sob
todos os pontos de vista, inclusive socioeconômico. Então, não há por que essa
virulência contra Projetos que ainda não sabemos que resultados terão, mas
alguma coisa tem que ser feita. Se é um Projeto com trinta e poucos itens, de
uma Secretaria de Segurança, tentando diminuir a violência, não é de uma semana
para outra que nós vamos fazer essa avaliação; é depois de uma largo período de
observação e de coleta de dados estatísticos que nós vamos chegar a essa
conclusão, aí, então, podemos fazer oposição ou defender o Projeto. Se
atentasse contra o bom senso, tudo bem... Mas quem não é a favor dessa questão,
por exemplo, das bebidas, a questão do tóxico, a questão da investigação, da
melhora da inteligência policial, de cento e poucos subitens que serão processados
junto com as blitze, com as batidas
em, pelo menos, locais de habitualidade e de incidência dessa mortalidade e
dessa morbidade? Nós precisamos ter a nossa experiência, a nossa estatística e,
principalmente, a avaliação a posteriori. Avaliar agora, antes do
processo, eu acho que é muito injusto.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes;
nobres Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, eu não poderia deixar
de trazer à consideração do Plenário, hoje, a triste notícia do desfecho da CPI
do Apagão Aéreo, lamentavelmente, mais um quadro triste da história política do
nosso Brasil referente à nossa Câmara Federal. Dois aviões sinistrados, mais de
trezentas mortes, comprovadamente uma corrupção imensa na infra-estrutura dos
aeroportos, uma ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil - que está uma
verdadeira bagunça, uma disputa de tirar compadre de Dirceu e Dilma para
colocar compadrio de Nelson Jobim. Em face de uma CPI, o Apagão Aéreo, se nós
abrirmos o jornal de hoje, ele persiste, só que caiu de moda na imprensa. Nós
temos um avião que chegou hoje, em Porto Alegre, em que os cidadãos brasileiros
teriam que embarcar domingo à noite, no Rio de Janeiro, e só chegaram hoje.
Vejam os senhores, relatório final da CPI: indiciados dois pilotos do avião
Legacy e os quatro sargentos controladores de vôo. A corda está rebentando,
covardemente, no elo mais fraco, no elo que, talvez, menos importância tenha na
conclusão dessa CPI e do que aconteceu com essa crise aérea que persiste no
Brasil, em quatro sargentos que, se cometeram algum erro, foi por falta de
melhor formação, de melhores condições de trabalho. “Mas o restante deste
Brasil está uma maravilha!” Eu, sinceramente, achei uma verdadeira palhaçada,
uma decepção com a linhagem política deste País, Ver. Dib. Por que fazer CPI se
já está tudo com cartas marcadas, procurando vítimas? A ANAC fazendo as maiores
negociatas com as empresas de aviação. Uma das componentes (da Diretoria da
ANAC), enquanto havia gente se desastrando, fumava charuto na Bahia! Quatro
saíram correndo, e um ainda persiste, está negociando ministérios em troca de
ceder o seu posto para a Chefe de Gabinete do Ministro da Defesa. Aliás, é a
ele que quero me dirigir neste final de pronunciamento. Está na hora do Sr.
Ministro Nelson Jobim assumir o Ministério da Defesa, e esta é uma bela
oportunidade de ele defender a sua tropa, de ele defender os seus exércitos e
não aceitar que apenas quatro soldados, não tão graduados, sejam vítimas de uma
CPI monstruosa, com gastos horrendos, que chegou a essa conclusão mesquinha,
grotesca, desmoralizadora do conceito de ética da política deste País. Estou
tão indignado que até me faltam palavras neste momento: os controladores de
vôo, humildes, formados no próprio Ministério de Defesa - teríamos de rever
inclusive a sua formação, isso é o que uma CPI deveria buscar, as condições de
trabalho, a remuneração -, vítimas de uma anarquia política, de uma
subserviência, de uma impunidade que não tem tamanho neste País! Por isso nós
fomos classificados, ontem, novamente, como o 72º país em corrupção neste
mundo! E não me venham dizer que seja culpa deste Governo, daquele Governo! O
atual Governo já está há cinco anos comandando o nosso País. Se a corrupção era
de antes, este Governo não tomou providências para acabar com ela, e ela está
aumentando, aumentou mais dois pontos na classificação: de 70º para 72º! Então,
meus amigos, para ser político, e político de oposição, neste País, hoje, como
se diz na gíria, você “tem que ser galo”. Tem que trabalhar, o que é nossa
obrigação, com idealismo puro e sabendo que não sendo “amigo do rei”, nós temos
a lei em cima de nós, enquanto para os seus aliados, nós estamos vendo uma
impunidade total! Não ficam nem vermelhos, nem ruborizados; estão fazendo
escancaradamente esse desmerecimento da política nacional! Eu lamento muito,
mas pretendo ser o “soldadinho do passo certo” nem que eu esteja marchando
errado. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada,
Ver. José Ismael Heinen.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Verª
Margarete Moraes, neste momento presidindo a Sessão; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou
ficar em Porto Alegre mesmo. Eu pensei que hoje, na Ordem do Dia, estaria em
discussão aquela Emenda à Lei Orgânica que eu havia proposto no caso da
substituição do Prefeito. Não está. Eu já reclamei aqui, e continua não
estando, e amanhã também não estará. Também recebi hoje a revista da Associação
dos Procuradores do Município de Porto Alegre. Eles publicaram aqui o Projeto,
de autoria deste Vereador, para emendar a Lei Orgânica e colocar legalidade nos
fatos. Eu não sou nenhum aprendiz em legislação, já tenho tanto tempo aqui que,
se não houvesse aprendido nada, eu já teria ido embora, mas aprendi. Se
publicaram o meu Projeto de Emenda à Lei Orgânica, deveriam também publicar as
Emendas, que eu mesmo apresentei visando a melhorar o debate na Casa. Com isso
eles não estavam preocupados. E publicaram a carta que eles mandaram a todos os
Vereadores, que eu havia recebido também, e acho um absurdo um Procurador-Geral
e Procuradores do Município subscreverem essa carta (Lê.): “... Nos termos da
Constituição Federal, o Presidente da República é substituído pelo Presidente
do Supremo Tribunal Federal” - dizem eles -, “respeitada a ordem sucessória. O
cargo equivalente no âmbito municipal é o Procurador-Geral do Município e a
ordem de substituição, por reflexo, deve ser observada.” Ora, buscar-se
simetria entre o Presidente do Supremo Tribunal Federal e o Procurador-Geral do
Município é muita coisa, é muita desfaçatez! Mas vejam como eles dizem que eu
tinha razão (Lê.): “... Os períodos curtos e excepcionais de substituição são
incompatíveis com o planejamento das políticas governamentais de longa
duração.” Eu não sei se dois dias de governança aí não deram um programa
político (Lê.): “... Em tais situações, deve prevalecer o exercício dos atos da
administração” – dos atos da administração, ou seja, responder pelo expediente
–, “orientado por critérios técnicos, onde desponta a Procuradoria-Geral do
Município. Item 3º: A substituição do Prefeito pelo Procurador-Geral só ocorre
em situações excepcionais e temporárias, para a prática de atos essencialmente
de administração, voltada para a continuidade dos serviços.” Ou seja, para
responder pelo expediente. Eles sabem fazer uma linguagem bonita, mas Direito
continua sendo bom senso. E eles estão dizendo, com bom senso, que deve apenas
responder pelo expediente, que é a Emenda do Ver. Elói Guimarães.
Depois ele disse: “... Nas ocasiões em que o
Procurador–Geral substituiu o Prefeito, tal substituição demonstrou-se
altamente eficaz para a continuidade dos serviços públicos [Mais uma vez
responderam por expediente.], razão pela qual o titular da Pasta jurídica não
deve ser excluído da ordem sucessória da Chefia do Executivo Municipal”. Mas
não é verdade que não causou nenhum problema para o Município; causou, sim, o
Prefeito Tarso Genro não deixou eles assinarem nenhum decreto, nenhuma lei. O
Prefeito João Verle deixou, e o Procurador-Geral do Município, por Decreto, reestruturou
toda a Procuradoria-Geral.
Eu quero dizer também que a Comissão que estudou o
Projeto de Emenda da Lei Orgânica do Ver. Elói Guimarães foi textual (Lê.):
“... A lacuna que se verifica na Lei Orgânica Municipal seria a de não estar
previsto, no caso de impedimento de ambos os sucessores, que um integrante do
Poder Executivo venha a substituir o Prefeito, propondo-se, através do presente
Projeto de Emenda, que o mais indicado seria que o cargo fosse ocupado pelo
Procurador-Geral do Município, que responderá tão-somente pelo expediente”.
Esse Parecer foi aprovado por unanimidade.
O Ver. Juarez Pinheiro, presidindo a Sessão,
colocou a matéria em votação, atendendo a uma solicitação do Ver. Antonio
Hohlfeldt (Lê.): “Sr. Presidente, solicito a leitura do texto original e do
destaque”. O Sr. Presidente (Juarez Pinheiro) (Lê.): “O texto do art. 9º,
parágrafo 2º, onde há o destaque, na sua íntegra, é o seguinte: ‘No caso de
impedimento desse último, responderá pelo expediente o Procurador-Geral do
Município’. A expressão destacada é: ‘responderá pelo expediente’.
Não havendo quem queira encaminhar, em votação
nominal o destaque da expressão ‘responderá pelo expediente’. Esclareço que o
voto SIM aprova a expressão, mantendo-a no texto; o voto NÃO rejeita a expressão,
retirando-a do texto”. A expressão foi retirada do texto, portanto não tinha o
verbo “responderá”. E o Ver. Juarez Pinheiro, na Comissão de Justiça, propõe
que se substitua o verbo “responderá”, que não existe, pelo verbo “assumirá”.
Então, estamos num momento em que a Câmara pode retomar a legalidade, e eu
quero ver se, na próxima semana, a Emenda à Lei Orgânica proposta por este
Vereador será apreciada. Poderá ser rejeitada, e eu não me incomodo, é um
direito da Câmara se diminuir, eu não posso fazer nada se os meus ilustrados
Pares querem se diminuir.
Desculpas por ter passado do tempo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ouvi
o Ver. Dib com toda a atenção e passarei esse recado à Mesa, que, neste momento,
está em reunião. Com exceção da Mesa, quero fazer um apelo para que os demais
Vereadores que por acaso estejam nesta Casa se dirijam ao Plenário, porque já
estamos em tempo de Liderança.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL:
Presidenta dos trabalhos, Verª Margarete Moraes; senhoras e senhores, gostaria
de saber o que a Bancada do Governo vai falar. Nós estamos na véspera dos mil
dias, 999, Ver. Luiz Braz, e nada a falar? Silêncio absoluto? Ou falam hoje, já
que esta é uma Sessão em que nós vamos, logo em seguida, entrar em votação,
mas, quem sabe, se não tiverem condições de falar hoje, eu espero que a Bancada
governista, cada um dos Partidos que a compõem amanhã faça um balanço dos mil
dias!
A
Bancada do PT já apresentou publicamente a sua posição, o seu balanço do
descalabro, do desgoverno da atual gestão, mostrando a incompetência
administrativa, o autoritarismo, a Cidade debaixo de lixo, a buraqueira, o
problema das paradas de ônibus, atrasos de ônibus... É uma fila imensa de
problemas! É uma fila quase sem fim! E o Governo fica fazendo de conta que esta
data símbolo, “mil dias”, não existe! Não respondeu nada! Absolutamente nada!
Nós
estamos prontos a fazer o debate nesta Casa, com as associações de moradores,
com a união de moradores de vilas, com os sindicatos profissionais, com as
categorias profissionais, com a mídia... Quem sabe a grande mídia faz uma
grande mesa redonda sobre os mil dias? Estaremos lá, Bancada de oposição, para
colocar claro e objetivamente o que nós pensamos sobre os mil dias do Governo
Fogaça.
Eu
poderia, por exemplo, aqui também fazer uma cobrança, e vou fazê-la, senão
seria omissão, sobre a situação das ilhas. Os moradores das ilhas estão debaixo
d’água. Onde está o serviço de atenção ao cidadão desta Cidade? Onde está a
defesa civil? Onde está a FASC? Não há alimentação, as pessoas não conseguem
sair de suas casas, há enchentes! Ou as pessoas não se acordaram ainda de que
nós passamos com vários dias de chuva? E as palafitas do Delta do Jacuí não
sumiram; existem! Agora, deveria haver gestão, deveria haver governo para ir lá
tratar da questão dos moradores do Delta do Jacuí. Então, senhoras e senhores,
V. Exas. têm hoje e amanhã, quem sabe, para responder a algumas questões aqui,
porque eu quero fazer um Requerimento à Presidenta da Casa para que ela, com
sua sabedoria corriqueira, possa fazer uma comissão de visita às ilhas, Ver.
Dib, V. Exª vai junto...
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. ADELI SELL: Sim,
corriqueira, permanente, sempre... Eu quero dizer sempre, Ver. Dib.
Então
são essas as questões que eu gostaria de colocar aqui, mas também quero dizer
ao representante do DEM, ex-PFL, que o Vereador poderia cuidar muito bem, por
exemplo, do comportamento do Deputado Onyx Lorenzoni, porque ele vem aqui, o
Vereador, falar da CPMF, mas o seu Deputado sumiu da votação, não apareceu. É
brincadeira! Vem cobrar coisas aqui, mas é outra coisa na outra instância e
quer ter coerência. Também acho que deveriam se preocupar com o problema dos
selos da Assembléia, porque quem está envolvido é um representante do seu
Partido. Pena que, muitas vezes, se dá o nome das pessoas e não se dá o nome do
Partido, mas nós queremos dizer aqui que é do Partido do Vereador.
Finalmente,
hoje nós também queremos aqui marcar algumas questões, Ver. DJ Cassiá, sobre a
aplicação de verbas do Governo Federal em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Eu
queria que a população que nos ouve, que nos assiste pela TVCâmara, olhasse
para os carros da Brigada Militar que circulam pela Cidade: todos têm o emblema
do Governo Federal. Imaginem se não houvesse a doação dos carros do Governo
Federal para a Brigada Militar... A Brigada andaria a pé. Se todos notarem os
emblemas que existem nos carrinhos brancos com a logomarca de “Vizinhança
Segura” ou da Guarda Municipal, lá observarão também a logomarca do Governo
Federal; são os investimentos reais e concretos do Governo Federal em Porto
Alegre. Na área da Saúde, nós já estamos passando a casa dos 400 milhões de
reais do Governo Federal em aplicação na Saúde Pública de Porto Alegre. Só na
Av. Baltazar de Oliveira Garcia, o Governo garantiu 55,5 milhões de
investimentos, caso contrário, a buraqueira da Av. Baltazar continuaria por
tempos e tempos e tempos...
Por
isso, desafio: não falarão nada sobre os mil dias de desgoverno do Governo
Fogaça?
E
a contrapartida está dada com os dados que dei agora sobre o Governo Luiz
Inácio Lula da Silva. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes):
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta dos trabalhos, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Adeli, como é um
Vereador muito inteligente, nos brinda, às vezes, desta tribuna, com excelentes
pronunciamentos.
Mas,
às vezes, ele é injusto nas suas cobranças, porque, afinal de contas, essas
cobranças não levam em consideração aquilo que foi feito durante os 16 anos, ou
que não foi feito nesses 16 anos, e que ficou, depois, ao encargo deste Governo
Fogaça, para dar seqüência, ou corrigir os erros, para melhorar a Cidade.
Ora,
Ver. Dib, se formos olhar o Centro da Cidade, só a obra do Camelódromo, quando
estiver pronta, já fará, na verdade, uma grande modificação naquela área
central, modificação essa que a Cidade espera há muitos anos.
E
o setor da Saúde, quando se fala que a Saúde, hoje, está uma espécie de
calamidade pública, ora, isso nós cobramos da Administração passada, da
Administração do PT, durante todo o tempo, principalmente, Ver. Dib, nas
visitas que fizemos, à época, ao Postão da Vila dos Comerciários.
Aquele
postão, na verdade, nunca esteve em condições de atender à nossa população.
Então,
hoje, fazer essas cobranças, eu acredito que não fica muito bem, porque, afinal
de contas, teve-se tempo para fazer, no passado, coisas melhores, e,
infelizmente, essas coisas não foram feitas.
Mas
não quero, realmente, dialogar sobre isso, eu vim aqui apenas para responder ao
Ver. Adeli, porque acho que ele é um Vereador muito inteligente, mas essas
cobranças, realmente, são tão injustas, que elas não deveriam estar sendo
feitas da tribuna da forma como foram feitas.
Mas,
Ver. Mario, a preocupação que nós temos é com relação ao Projeto do Plano
Diretor, Ver. Ervino Besson. Sopraram-me no ouvido que existe um desejo, uma
vontade, de algumas pessoas aqui da Casa, principalmente as que pertencem à
Mesa Diretora, de devolverem esse Projeto para o Executivo. Esse seria apenas
um ato político, esse, na verdade, não seria um ato que realmente pudesse
representar uma vontade da sociedade. A sociedade tem nos exigido, Ver.
Sebastião Melo, que nós, como Câmara Municipal, apanhemos o Projeto que veio do
Executivo e façamos aquelas correções que nós, como Legisladores, precisamos
fazer. Agora, simplesmente fazer isso que eu estou ouvindo que querem fazer,
devolver o Projeto, seria apenas uma ação política, apenas para tentar fazer
com que a Administração do Prefeito Fogaça pudesse realmente ficar soterrada
sobre aquela pressuposição de que o Projeto que veio está tão errado, está tão
ruim, foi tão mal feito, que realmente não pode ser corrigido e tem que ser
devolvido.
Ora,
se nós fossemos olhar as coisas assim, eu acredito que estaríamos apenas
fazendo com que a sociedade, que acredita em nós, que acredita nesta Casa,
estivesse tendo um prejuízo, porque é claro que o Plano Diretor precisa de
correções, é claro que nós, aqui da Câmara Municipal, não concordamos com
muitas coisas que vieram, sugerindo as modificações, as alterações, as
revisões, com relação à Lei nº 434, mas, com toda a certeza, esta Casa, com os
36 Vereadores, tem competência, mais do que suficiente, para fazer aquelas
correções que acha necessárias para que aquelas revisões que foram enviadas,
aquele Projeto que foi enviado para cá, a fim de fazer a revisão no Plano
Diretor, possa ser alterado para satisfazer aquilo que a sociedade espera do
Plano Diretor de nossa Cidade.
Então,
eu peço àquelas pessoas que ainda estão fazendo manobras para que o Plano
Diretor seja devolvido, que deixem disso. Vamos respeitar a sociedade, vamos
respeitar a nossa população, porque, afinal de contas, não é assim que se faz
política.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, sempre Presidenta desta Casa, minha amiga Margarete Moraes; Srs.
Vereadores e Sras
Vereadoras; senhoras e senhores, no próximo dia 27 de setembro, portanto,
amanhã, a UNE - União Nacional dos Estudantes - dará início à campanha nacional
em defesa da legalização do aborto. O debate de lançamento será no campus Praia
Vermelha da UFRJ e contará com a presença da Ministra Nilcéa Freire.
O
tema aborto, senhoras e senhores, ganhou destaque dentro do movimento
estudantil quando a UNE criou, em 2003, a sua Diretoria de Mulheres. Após mais
de três anos e muito acúmulo de debates sobre a qualidade da atenção à saúde da
mulher e aos seus direitos sexuais e reprodutivos, as estudantes acreditam que
o momento é de enfrentar, com certeza, a hipocrisia. Com essa proposta, a
entidade dará início à campanha nacional, com o tema: “Aborto seguro é legal. É
uma responsabilidade do Estado com a mulher”. Participarão da abertura o Reitor
da Universidade, Aloísio Teixeira; a Ministra Nilcéa Freire, da
Secretaria Especial de Política para as Mulheres, e representantes da União
Brasileira de Mulheres e Marcha Mundial das Mulheres. O objetivo daqui para
frente é que a UNE provoque e instigue a reflexão da juventude, levando a questão
para dentro das salas de aula das universidades. A campanha contará com
materiais próprios, com cartilhas explicativas, adesivos e cartazes.
A
idéia, senhoras e senhores, é movimentar as instituições de ensino. Os
estudantes promoverão palestras, oficinas e mostra de vídeos. Hoje, vivenciamos
um momento decisivo para se avançar na luta pelo direito da mulher de decidir
sobre o seu próprio corpo. E os diversos movimentos sociais têm a tarefa de
mostrar as suas posições na perspectiva de superar as condições desiguais em
que essa discussão é apresentada pelos setores conservadores da sociedade.
Srª
Presidenta, na opinião da Presidenta da UNE, a gaúcha Lúcia Stumpf, este
momento, no entanto, pode se perder no tempo se a sociedade não passar a
ter mais informações e compreender melhor a questão. Ela diz que a proposta é
conscientizar a população, pois tem clareza de que muitas pessoas são guiadas
por posições religiosas que não levam em conta os dados atuais sobre o aborto,
que apontam à morte de milhares de mulheres que decidem interromper a gravidez
indesejada e conseqüências de longo prazo, incluindo a infertilidade. Mas num
estado laico, a mulher deve, sim, ter o direito, garantido em lei, de decidir
sobre a gravidez. A lei não torna obrigatória nenhuma decisão, apenas
estabelece direitos.
Segundo
levantamento do Ministério da Saúde, a mortalidade materna, em decorrência de
complicações por abortamento sem condições mínimas de segurança, fez cerca de
mil vítimas, de 1996 a 2006. A contradição: de 1998 a 2006, foram realizados
14.155 abortos por razões médicas e legais, ocorrendo apenas três óbitos nesse
período. No Brasil, 230 mil mulheres procuram, todos os anos, o Sistema Único
de Saúde – SUS - para cuidar de hemorragias, perfurações de útero e outras complicações
geradas por cirurgias realizadas em clínicas clandestinas. A prática é a quarta
causa de óbito materno no País, em grande parte de jovens. Vale lembrar que
muitos casos clandestinos não são sequer registrados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca
de 13% das mortes relacionadas à gravidez têm sido atribuídas a complicações de
abortamento inseguro, provavelmente 67 mil mortes anuais. Em todo o mundo, 46
milhões de mulheres interrompem a gestação, por ano. Desse total, 20 milhões não
têm acesso às mínimas condições de higiene para o procedimento.
Quando uma mulher recorre ao aborto em condições
inseguras, colocando em risco sua saúde e podendo ser presa, é porque não quer
ou não tem condições de levar a gravidez adiante. Ser mãe deve ser parte de um projeto de vida das
mulheres, não uma obrigação.
Precisamos
colocar esse tema no dia-a-dia das pessoas, e a UNE está de parabéns, pois vem
se somar ao movimento de mulheres na luta para que o aborto deixe de ser crime
e possa ser realizado nos hospitais públicos, com segurança e respeito. Também
lutamos para que todas as mulheres tenham acesso a métodos para evitar a
gravidez. O aborto, senhoras e senhores, não deve ser um método contraceptivo,
mas, sim, um recurso de livre escolha no caso de uma gravidez indesejada.
Portanto,
também é opinião desta Vereadora, Líder da Bancada do PCdoB, que, neste
momento, traz, de uma forma democrática, uma abertura do debate também para
esta Casa e para a sociedade de Porto Alegre, que estejamos atentos e também
sejamos protagonistas desse debate tão importante em relação à saúde da mulher.
Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada,
Verª Maristela Maffei.
O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Verª
Margarete Moraes, na presidência dos trabalhos; Vereadores, Vereadoras, amigos
que aqui se encontram, pessoal do Canal 16, nos sete anos em que sou Vereador,
eu sempre pertenci a uma só Comissão, a Comissão de Educação e Cultura, a nossa
CECE. Por mim passaram os mais diferentes Presidentes, cada um com o seu
estilo. Eu nunca tive vontade de ser presidente de absolutamente nada. Fugi da
presidência, até de grêmio estudantil do colégio em que estudava. Fui
presidente, sim, mas de uma escola de samba, aliás, fundador, um dos cinco
fundadores da escola de samba. Éramos cinco na formação da Escola de Samba
Unidos do Morro da nossa Cidade: eu, o Beiço, o Tião da Ivone, o Tião da Dona
Gervira e o Zé Carioca. No nosso primeiro desfile, fomos para Rua XV de
Novembro com 185 integrantes. Foi um sucesso! Fui, também, capitão do time de
futebol da escola, era ponta direita nato, Ver. Oliboni, os pontas de
antigamente. Mas o meu negócio acabou sendo mesmo a narração esportiva pelo
rádio e, agora, na política, nunca pretendi outros cargos, como Presidente de
Comissão, Presidente da Casa, Presidente de qualquer outra Comissão Especial
formada. Eu prefiro ouvir e aprender, quando é possível aprender.
Mas sempre gostei de opinar e estive pensando o
seguinte: nas escolas, ensinamos histórias para as crianças. Logo nos primeiros
movimentos escolares, ficamos sabendo quem descobriu o Brasil; quem proclamou a
Independência; o que significa o 21 de abril, etc, mas não falamos do presente,
quem é que está roubando em Brasília,
quem é o “gato”, quem é o corrupto, quem é o sacana. Não contamos e nem
cogitamos o futuro em nossos bancos escolares. Nossos alunos, crianças e
adolescentes não têm oportunidade de discutir a sua Cidade, o seu Estado, que
tipo de País eles gostariam de ter. Nossos alunos estudam o passado, mas o
presente e o futuro passam praticamente batidos. Eu acho que nossas escolas
deveriam, sim, abrir o jogo de forma transparente, e ter uma matéria a ser
introduzida no currículo escolar, em que as crianças tomariam conhecimento do
seu País atual, diário e formando opiniões. Na hora de votar teríamos
brasileiros esclarecidos e estaríamos fugindo de figuras como Renan Calheiros,
José Dirceu... Ou fazemos isto, começar a esclarecer as crianças a partir de
agora, ou vamos continuar produzindo, no Brasil, sim, políticos safados,
quadrilheiros, achacadores e corruptos, como Renan Calheiros, do meu PMDB,
infelizmente, e o José Dirceu, do Partido dos Trabalhadores. Aliás, falando na
esfera nacional, dois homens têm nas mãos bombas atômicas, de destruição moral.
Não é nenhuma bomba de um achado do governo, resolvendo os nossos problemas
sociais, não. São decisões que, se tomadas, serão um novo bombardeio na vida
moral deste País. Renan Calheiros e Marcos Valério. O Senador acuado, já há
algum tempo, agora começa a ameaçar entregar outros senadores praticantes de
atos parecidos com os seus, ou seja, uma quadrilha de senadores. Será que
existem outras “Mônicas” no Congresso? Se tiver, deixa escondido, não divulga,
na filial não se fala... Tem que manter a moral perante as pessoas, porque
senão o negócio vira bagunça. Marcos Valério, o empresário de cabelos
implantados e com um visual de gangster ameaça contar tudo, e de todos,
a começar pelo PSDB de Fernando Henrique Cardoso, que seria por onde surgiu o
“mensalão”. Isso está passando batido na grande mídia. Fernando Henrique
Cardoso seria o nascedouro do PSDB, de Fernando Henrique Cardoso, o nascedouro
do “mensalão”. Temos mais senadores e políticos de grosso calibre também no
outro Partido, não bastava só o PT ver desmoronar a sua cara, o seu resto de
moral, de ética. Agora, eu só espero que Fernando Henrique Cardoso, se
realmente isso chegar lá, não tenha o mesmo comportamento de Lula, e não vá
dizer que não sabia de nada. Eu acho que não será assim. Renan Calheiros e
Marcos Valério prontos para detonar a qualquer momento. Detonar o quê? O resto
de moral que ainda resta no mundo político. É uma pena. Notícia
resolvendo o problema da saúde ou da habitação, por exemplo, nem pensar!
Convivemos, sim, com um mundo cada vez mais podre na ainda jovem - mas muito
doente - democracia brasileira.
Eu
só queria dizer o seguinte: fica difícil entender a política se não há o jogo
de idéias para conjuminar. O Secretário de Segurança quer Lei Seca; a Câmara
tem Projeto para liberar bares até às 2 horas da manhã. Para tomar água? Estão
brincando comigo! Vamos entrar num entendimento, por favor.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Haroldo de Souza.
O
Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NILO SANTOS: Exma Srª Presidenta, Verª Maristela
Meneghetti; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos acompanha nesta tarde, eu
gostaria de saudar o DEMHAB, Departamento Municipal de Habitação e o Secretário
Nelcir Tessaro, pela entrega das casas na rua Cristiano Kraemer. As famílias
estão indo para lá, estão recebendo não apenas um teto, mas dignidade,
respeito, reconhecimento.
Gostaria
de dizer que o DEMHAB vem com uma atuação muito forte. Observei que o Ver.
Adeli Sell comentou aqui sobre mil dias de desmando do Governo Fogaça. Chega um
tempo, senhoras e senhores, que nós precisamos parar e entender que os outros
também trabalham, que os outros também fazem, que os outros também têm o seu
valor. Não são mil dias de desmando. O Prefeito Fogaça tem trabalhado, as
Secretarias têm trabalhado, o povo já sinalizou que não aceita mais essa
história de que os bons somos “nós”, que só “nós” sabemos fazer, só “nós” é que
entendemos, só “nós” é que prestamos, só “nós” é que somos éticos, só “nós” é
que somos decentes. Não é bem assim que funciona. E o povo já sinalizou, Ver.
Luiz Braz, que não concorda mais com essa idéia de que só “nós” é que sabemos,
só “nós” é que entendemos. A vida, todos os dias, nos ensina uma lição nova.
Feliz é quem consegue aprender. Nós não somos perfeitos, o Prefeito Fogaça não
é perfeito, os Secretários não são perfeitos, mas precisamos reconhecer que estão
trabalhando, sim, trabalham. Nós não podemos, Ver. Todeschini - estou
percebendo que o senhor está prestando muita atenção -, achar que as ilhas
nunca alagaram, Ver. Adeli Sell, porque pelo seu discurso parece que foi a
primeira vez na história que as ilhas alagaram. Aquele povo vem sofrendo e
sofreu durante os 16 anos do seu Governo. Precisa melhorar, sim, as condições
de habitação lá nas ilhas, nós sabemos que isso é preciso, todos os Vereadores
que estão aqui sabem que precisa. Por que os Vereadores devem ir até as ilhas?
Vamos até lá e não vamos resolver nada! Já tem ações preparadas para aquele
lugar. É um lugar difícil de resolver, mas as Secretarias estão trabalhando
para isso. Vamos levar os Vereadores para as ilhas para dizer o quê? Nós
estamos aqui porque vamos fazer tal coisa. O povo cansou deste tipo de
promessa. O Prefeito Fogaça está trabalhando, as Secretarias estão atentas,
precisamos entender isso. Uma oposição séria é uma oposição que chega à tribuna
e diz: Olha, nem só o nosso Partido é ético, os outros Partidos são éticos
também; nem só o nosso Partido trabalha, os outros Partidos também trabalham;
não são apenas os nossos Vereadores que são bons, os Vereadores dos outros
Partidos também são bons e trabalham; nós não somos donos da verdade, os outros
também têm suas verdades. Porque senão a próxima eleição vai mostrar o que
mostrou esta última, o povo vai mostrar que não concorda mais com este tipo de
discurso vazio.
Quero aproveitar e saudar aqui a presença da
Daniela Massocato e do Rodrigo, ali na galeria; eles fazem um excelente
trabalho com as crianças e adolescentes na região do Menino Deus.
Fico nesta tarde, então, com este discurso sobre as
ações do Prefeito Fogaça e do DEMHAB. Devo, sim, uma justificativa ao Ver.
Todeschini quanto às ações da SMOV. Hoje estaria passando do meu tempo, no
próximo discurso trarei as informações, com certeza, Ver. Todeschini, o senhor
que é um homem sempre preocupado com o que acontece na Cidade.
Agradeço pelo tempo, Srª Vereadora; agradeço aos
Vereadores e pela atenção de todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Nilo Santos.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Minha cara
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16, saúdo a
todos. O Ver. Adeli, há pouco... O Ver. Adeli é um Vereador extremamente
competente e inteligente, foi Secretário e tem uma história nesta Cidade. Ele
pediu e desafiou que alguém viesse a esta tribuna defender o nosso Prefeito - o
que vou fazer neste momento, e tenho muita certeza do que vou falar nesta
tribuna -, que alguém mostrasse algo que o Prefeito fez nos mil dias de Governo
nesta Cidade.
Vamos lá, primeiramente, nos dois primeiros anos,
todos sabem que o Prefeito, com grande esforço, recuperou as finanças e a
credibilidade do nosso Município. É mentida ou é verdade? É verdade!
O Ver. Luiz Braz há pouco falou sobre a obra do
Camelódromo, que já é um grande feito para a cidade de Porto Alegre. Há quantos
anos está se discutindo e nunca saiu do papel? Agora a realidade está aí. E
mais, o Distrito Industrial da Restinga, que tanto se falou nesta tribuna,
tanto se discutiu nesta tribuna, mas só no papel, só no discurso e mais
discurso. Hoje é realidade. Visitem o Distrito Industrial da Restinga, meus
caros colegas Vereadores e Vereadoras; vocês que nos acompanham nas galerias,
peguem seus familiares no fim de semana e vão fazer um passeio na Zona Sul de
Porto Alegre, visitem o Distrito Industrial na Restinga, que hoje é uma
realidade, nos mil dias, Ver. Brasinha, do Prefeito. Então o Prefeito não fez
nada nesta Cidade? Assim parece que nos mil dias, aqui, o Prefeito só brincou,
Ver. Adeli.
Estou apontando alguns fatos que aconteceram. É a
realidade, não é discurso fajuto; é a realidade que está acontecendo nesta
Cidade! E creches? Quantas creches o Governo recuperou e abriu nesta Cidade? É
verdade ou mentira? Nós sabemos que é verdade, Ver. Todeschini.
A situação, quando o nosso Prefeito assumiu a
Prefeitura, vocês sabem, tchê! Nós temos que colocar as coisas, e a população
precisa saber disso.
Piorou como, Ver.º Sofia? Pegou uma Prefeitura que
não tinha crédito para comprar uma caixa de fósforos! E quer dizer que piorou?
Recuperou as finanças com muito esforço, com muito sacrifício. Agora, recuperou
as creches da Prefeitura, e estão aqui os dados. E a recuperação do postão?
Quer dizer, o Prefeito assumiu a situação do nosso postão da Vila dos
Comerciários, que estava totalmente sucatado, totalmente destruído, e
conseguiu, com muito esforço, recuperar. São mil dias.
Quem sabe poderíamos fazer uma conta rápida aqui,
Ver. João Dib, que é um sábio nessa área, vamos fazer a conta? Dezesseis anos
de Governo, comparando com mil dias do nosso Governo, Ver. Brasinha! O Ver.
Brasinha trabalha muito em cima de números, também.
Portanto, sinceramente, quando ouço alguns
pronunciamentos aqui... Pois temos liberdade nesta tribuna como Vereadores,
temos que ter um pouco de responsabilidade naquilo que falamos aqui.
Agora, parece que tudo antes era céu, que tudo
funcionava às mil maravilhas. Nada acontecia na Cidade. Tudo era céu, e, hoje,
tudo é inferno. Mas não é isso, gente, que nós queremos para esta Cidade.
Eu acho que temos que ter dignidade como Vereadores
- somos 36 Vereadores e Vereadoras. Nós temos responsabilidade para com esta
Cidade, para com a nossa querida Porto Alegre, que tanto necessita de nossos
esforços. Agora, criticando, criticando, só criticando, não se consegue ir a
lugar algum.
Portanto, neste pronunciamento que faço, é o meu
jeito de falar, vocês me perdoem, com todo o respeito que tenho aos Srs.
Vereadores e às Sras. Vereadoras e às pessoas que nos assistem pela
TVCâmara, este é o meu jeito, sem tentar agredir ou ofender ninguém. O Ver.
Adeli Sell pediu que alguém subisse aqui para tentar defender o Governo, e eu
estou defendendo com dados, estou mostrando os feitos do nosso querido Prefeito
José Fogaça. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Havendo
quórum, passamos à
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Em votação o
Requerimento de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das seguintes
matérias constantes na Ordem do Dia: em primeiro lugar, o PLE nº 015/07, PR n.º 043/07, PLL n.º 096/07, PLL n.º
143/07, PR 060/07 (excluído) e PLCE n.º 003/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 4472/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/07,
que cria a Secretaria Municipal de Turismo – SMTUR – na Prefeitura Municipal de
Porto Alegre – PMPA, extingue o Gabinete de Turismo – GTUR – do Gabinete do
Prefeito – GP, e revoga o art. 1º da Lei nº 9.735, de 11 de maio de 2005, e dá
outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 24-09-07;
- adiada a discussão por uma Sessão;
- discutiram a matéria os Vereadores
J.A.Dib, C. Comassetto, C.Maranhão, J.I.Heinen e C.Sebenelo, em 24-09-07.
A SRA. PRESIDENTA
(Maristela Meneghetti): Em discussão o PLE nº 015/07. (Pausa.) O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE n.º 015/07.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e Vereadoras,
responsavelmente, Ver. Braz, a Bancada do Partido dos Trabalhadores tem nove
Vereadores, e, em muitas votações fundamentais, nesses mil dias de Governo
Fogaça, ajudou o Governo. Ajudou o Governo, porque nós, que já fomos Governo
por 16 anos, temos a responsabilidade, como oposição, de ser cuidadosos,
cautelosos e, fundamentalmente, propositivos. Não podemos e não faremos nenhuma
demanda que nós acharmos que não podemos fazer com nossa avaliação de quem já
foi Governo. Não é um Partido que grita para ser oposição, mas é um Partido que
luta para ser governo, porque nós somos um Partido vocacionado ao poder. Porque
é pelo uso do poder, que é dado, emanado das urnas, da democracia, da
participação do voto que nós somos aquele Partido que governa e decide com a
população. É por isso que nós queremos dizer que o Governo tem todo o direito
de criar a Secretaria e nós achamos que, dentro da atual conjuntura, ela se
impõe. No entanto, nós gostaríamos que a atual situação tivesse a grandeza de
nos ouvir e de dialogar. A minha Bancada apresentará duas, apenas duas pequenas
Emendas. O prazo para vigência dos Cargos de Confiança, no Projeto, é de
24 meses, e nós estamos propondo 18 meses, sabendo que, no ano que vem, haverá
eleições. Pelo nosso cálculo, é completamente possível, em 18 meses, tirando os
seis meses em que não pode haver contratação, fazer o concurso e contratar as
pessoas. É uma pequena Emenda, para mostrar a determinação de sermos favoráveis
e de agilizar a Secretaria.
Vereador
Nedel, faremos também uma pequena Emenda em que nós estaremos diminuindo quatro
CCs. Não os que ficarão no final, nesses nós não vamos mexer, pois achamos que
tem que ter uma estrutura de Secretaria nesse período intermediário.
O
atual conveniamento com a ABIH não será desfeito; ele será modificado para que
a nova gestão da Secretaria possa vingar e entrar em funcionamento. Faremos essas
duas Emendas e já dissemos ao Vice-Líder do Governo, Ver. Mario Fraga, que
essas são as duas Emendas que a Bancada do Partido dos Trabalhadores estará
apresentando.
Agora,
eu disse à Líder do Governo e quero dizer aqui aos Vereadores que compõem a base
do Governo que os senhores e as senhoras, se estivessem todos presentes, se
estivessem todos atentos, poderiam até votar e ganhar sozinhos os Projetos que
mudam legislação, porque são dois terços, ou seja, os votos necessários, mas
sempre precisaram dos votos da oposição. Por isso é que eu acho que a Bancada
do Governo deveria ter a grandeza, ao completar os mil dias, de reconhecer que
errou ao mandar o Plano Plurianual com erros técnicos gravíssimos; que errou ao
mandar a LDO com erros técnicos gravíssimos. Deveria reconhecer e pedir ao seu
Prefeito que retirasse a proposta de revisão do Plano Diretor, porque começa
errando já no caput. Se é uma revisão, a boa norma jurídica diz: “altera
a lei tal”, e não como está acontecendo: faz como se fosse um novo Plano e
revoga o Plano anterior.
As
tabelas vieram erradas; foram corrigidas, continuam no processo de correção. É
impossível ser claro, transparente e conciso numa nova legislação com essa
verdadeira bagunça na qual o Plano Diretor foi colocado em nossas mesas. O
Governo deveria ter a grandeza de retirá-lo. Nós não estamos aqui fazendo
nenhuma ameaça, mas nós queremos que o Governo, se for maduro, se for
responsável e se quiser continuar dialogando para aprovar grandes idéias,
grandes Projetos para a Cidade, dialogue conosco: “Vamos aceitar as duas
Emendas da Bancada do PT, vamos retirar o Plano Diretor e mandar um Plano
Diretor corrigido, decente para esta Casa.” Está feito o desafio. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº
015/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, presidindo esta Sessão; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, pelo menos nós temos um início de discussão deste Projeto que cria a
Secretaria Municipal de Turismo em um tom um pouco mais elevado do que o tom em
que foram feitas as críticas anteriores. Então, acredito que, pelo menos para o
estabelecimento de diálogo, isso é muito bom. É claro que o Ver. Adeli traz
aqui na tribuna algumas imposições de regras para que a Bancada do PT dê seu
voto para a aprovação do Projeto que, no mínimo, devem ser consideradas, em
parte, pelo menos, absurdas. As Emendas ao Projeto, tudo bem, eu acho que devem
ser discutidas. Aquela diminuição de prazos de 24 meses para 20 meses ou para
18 meses, eu não falo em nome do Governo, mas acredito que pode inclusive ser
aceita, não é tão ruim assim. A diminuição dos CCs, não nesse número que está
sendo proposto pela Bancada do PT, talvez pudesse ser aceita. Mas discutir
aqui, na hora do Projeto da criação da Secretaria, um outro assunto que não tem
nada a ver com o Projeto, que é a devolução ou não do Projeto do Plano
Diretor... Aí não! Aí nós estamos brincando de legislar. Porque essas coisas
têm lugar, tempo, hora para serem feitas.
No
debate da criação dessa Secretaria de Turismo, Ver. Ismael, nós não podemos
discutir se vamos ou não devolver o Projeto do Plano Diretor. Eu já disse: na
minha opinião, a devolução desse Projeto, eticamente, deveria no mínimo passar
pelo Plenário. A Mesa não pode, depois de votar inclusive um regramento para se
criar uma Comissão para análise do Plano Diretor, tomar uma decisão unilateral,
como tentou tomar minutos atrás - incorreta a Mesa. Eu tenho elogiado a Mesa
várias vezes, mas dessa vez ela foi incorreta em se reunir para tomar essa
decisão, que cabe ao Plenário, porque resolveu criar, através de uma
legislação, as regras para se analisar o Plano Diretor que está na Casa. Então,
acho que cabe à Mesa consultar o Plenário se quer fazer essa devolução ou se
quer prosseguir, Ver. Elói Guimarães, criando essa Comissão de 12 Vereadores,
Ver. Nereu D'Avila, para que nós possamos analisar o Projeto do Plano Diretor.
Não é mais da Mesa essa decisão; ela é do Plenário, porque foi o Plenário que
resolveu votar, aqui, a Comissão que não está ainda composta, mas que já tem as
primeiras regras, as quais foram estabelecidas para que nós analisássemos,
aqui, o Plano Diretor.
Eu
estou trazendo essa discussão, porque o Ver. Adeli, afinal de contas, a trouxe
para esta tribuna; mas eu não acho que este seja o momento. O momento é de nós
discutirmos o seguinte: criamos ou não a Secretaria? O Ver. Adeli, pelo menos -
e eu acredito que ele estava falando em nome da Bancada -, disse que é
favorável à criação da Secretaria, porque este é o momento de criá-la. Com
relação às Emendas, é claro que todas as Bancadas, todos os Vereadores têm o
direito de apresentá-las, e essas Emendas serão negociadas, no sentido de
aceitá-las ou não. Enfim, a discussão antecipada das duas Emendas do PT nos faz
crer que existe aquela predisposição, pelo menos em relação àquela diminuição
de prazo, de 24 para 20 - e já se falou em 18 aqui -, em aceitar essa Emenda.
Mas quando o PT vê que se aceitou alguma coisa, ele vai espremendo cada vez
mais. Então, eu acho que o que nós devemos fazer é discutir, Mario, dentro
daquilo que nós estamos votando, que é a criação da Secretaria. Vamos votar
favoravelmente ou contrariamente às Emendas, desde que elas estejam dentro
deste Projeto que cria a Secretaria. Aquilo que nós vamos fazer em relação ao
Plano Diretor tem que ser resolvido pelo Plenário. Aquele ato político que a
Mesa quer fazer, qual seja, de devolver, ou não devolver, por favor... Vamos
respeitar todas as Bancadas e todos os Vereadores desta Casa, porque, afinal de
contas, todos nós temos responsabilidades perante a população.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti):
Obrigada, Ver. Luiz
Braz.
Apregôo
a Emenda nº 01 ao PLE nº 015/07, que diz (Lê.): “O quadro constante no art. 6º,
que passa a ter a seguinte redação: ‘Quantidade: 02, Denominação Básica:
Assistente, Código: 2.1.2.5; Quantidade: 03; Denominação Básica: Responsável
por Atividades II, Código: 1.1.2.4. Justificativa: Da Tribuna. Assina, com a
data de hoje, o Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada do PT.’”
Apregôo
a Emenda nº 02 ao PLE nº 015/07 (Lê.): “Altera o art. 13, que passa a ter a
seguinte redação: Art. 13 – O disposto no art. 6º tem prazo de vigência de 18
(dezoito) meses, a contar da data da publicação desta Lei, ficando revogado,
automaticamente, ao término deste período. Justificativa: Da Tribuna. Assina,
com a data de hoje, o Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada do PT.”
Apregoamos
o Memorando nº 323, do Gabinete da Presidência, informando que a Verª Maristela
Maffei estará representando esta Câmara na posse da Diretoria do Sinepe/RS
gestão 2007-2010, a realizar-se na data de hoje, às 19h30min, no Restaurante
Panorama da PUC, na Avenida Ipiranga, nº 6.681, nesta Capital.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07, por
cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores
e senhoras; nosso líder, Ver. Adeli Sell, quero iniciar fazendo esta referência
a V. Exª porque o colega Vereador que me antecedeu aqui, o Luiz Braz, iniciou
fazendo uma crítica a V. Exª porque tinha tratado do tema do Plano Diretor,
relacionado ao Projeto que estávamos aprovando. Está bem, aceitamos a crítica,
mas quando ela tem o mínimo de coerência, Ver. Luiz Braz, porque, num segundo
momento, V. Exª iniciou uma crítica à Mesa Diretora por ter tomado uma atitude
em relação ao Projeto do Plano Diretor. Não dá! Dessa maneira não dá, nós temos
que ter um equilíbrio entre a lógica e a razão, e, nesse caso, eu não posso
aceitar a sua crítica, com V. Exª criticando e passando a ter uma atitude igual
à crítica que está fazendo.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte?
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Eu
concedo um aparte se for para fazer uma autocrítica ou corrigir a sua posição.
O
Sr. Luiz Braz: Ver.
Carlos Comassetto, aceito a crítica que V. Exª faz, eu também cometi um exagero
para poder responder ao Ver. Adeli Sell.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Agradeço
por sua autocrítica.
Nesse
sentido, quero falar aqui, dando continuidade ao que o nosso Líder falou sobre
a postura com que estamos trabalhando este Projeto do Executivo, que cria a
Secretaria Municipal do Turismo. Temos posição favorável à Secretaria, porque
temos um conceito a defender, de que o tema do turismo tem um potencial mundial
hoje. É um dos temas mundiais que mais orienta e organiza o desenvolvimento
sustentável, porque organiza o movimento em cadeia.
Cumprimento
o nosso visitante, o Sr. Clemente, Cidadão Honorário, que é ator e sabe que o
tema da cultura é uma das bases do desenvolvimento do turismo. Portanto, tem
fundamento fazermos esta discussão relacionada com outros Projetos. Discuto,
sim, Ver. Luiz Braz, a relação entre a criação da Secretaria do Turismo - que
vai fomentar o que chamamos, hoje, de “Desenvolvimento da Indústria sem
Chaminés” - e o Plano Diretor. Porque, dentro do Plano Diretor, há o Capítulo
de Desenvolvimento Econômico, onde já deveria ter vindo um estudo relacionado
ao Turismo, dizendo de que maneira o Município vai-se comportar no seu
território; de que maneira nós vamos privilegiar, principalmente, os
patrimônios de interesse cultural e de interesse ambiental, relacionados ao Desenvolvimento
Econômico do Turismo. Creio que está 100% centrado e justificado fazermos uma
análise nesse sentido, até porque o Plano Diretor é a segunda Lei em
importância, é o Projeto “guarda-chuva” que orienta o desenvolvimento da
Cidade. Nós estamos criando mais um organismo na Cidade, que é uma Secretaria,
que dialoga com diversos segmentos que se situam no território do Município de
Porto Alegre, que tem por objetivo valorizar a Cidade, expor os nossos
potenciais culturais, os bens ambientais, a nossa economia, a nossa
gastronomia, e assim por diante. Então, Ver. João Antonio Dib, quero que a SMT
mande para esta Casa, associada ao Turismo, qual a política de sinalização
turística da cidade de Porto Alegre, já que o fato de chegar um turista na
Cidade e não ter nomes nas ruas é complicadíssimo. Portanto, é esta é a
discussão central, e nós, do PT, somos favoráveis e estamos discutindo,
organizando, elaborando, estamos contribuindo, aqui, com um diálogo propositivo
para que a Cidade se qualifique cada vez mais. E a orientação de diminuir o
número de CCs e também de diminuir o tempo para que se faça concurso público
significa valorizar a política do funcionalismo público sob o ponto de vista de
agregar valor ao patrimônio, que é o patrimônio do funcionalismo público
municipal.
Nesse
sentido, a nossa posição é favorável ao Projeto, com a contribuição das Emendas
e a relação que ele tem com os demais projetos de desenvolvimento do Município
de Porto Alegre. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Carlos Comassetto.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir o PLE n° 015/07.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidente, Maristela Meneghetti, na
pessoa de V. Exª quero cumprimentar as demais Vereadoras, os Vereadores desta
Casa; público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara; um especial
cumprimento também ao assessor jurídico da Secretaria de Turismo, Dr. Paulo
Rogério Zago Lopes, hoje presente aqui num esforço de elucidar questões
pontuais que dizem respeito a este Projeto.
Gostaria
também de me manifestar a respeito desse tema, primeiramente trazendo à
reflexão desta Casa um encaminhamento do Governo que considero relevante,
fundamental, que é a questão do turismo ser tratada por este Governo como uma
prioridade. Digo isso, Ver. Mario Fraga, Vice-Líder do Governo, companheiro de
Bancada, porque percebo que, quando o Governo determina a criação de uma
Secretaria de Turismo para cuidar, para zelar, para planejar, para desenvolver
todo um trabalho de construção de políticas públicas com focos e com atenções
voltadas para o tema turismo, ele está caminhando no sentido correto, por tudo
o que o turismo representa para o desenvolvimento de uma cidade, ainda mais de
uma cidade com o potencial da Capital dos gaúchos, a nossa querida Porto
Alegre, uma cidade privilegiada pela sua dimensão, pela sua área verde, pelo
seu rio Guaíba. Quero me somar àqueles que entendem correto o Governo
determinar como prioridade o turismo, e que o faça por meio da criação de uma
Secretaria Municipal de Turismo. Acho que este é um caminho acertado, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, e acho que
temos que nos somar a essa iniciativa.
Também
trago à reflexão... porque outras foram as prioridades também estipuladas por
este Governo para que se estabelecesse um trabalho em cima de políticas
públicas voltadas para alguns segmentos. Eu destacaria, Ver. João Dib, a
criação da Secretaria de Acessibilidade, demonstrando o interesse e a
prioridade deste Governo em tratar do tema políticas públicas para as pessoas
portadoras de deficiência quando cria uma Pasta específica para esse tema.
Faço
outra reflexão, Ver. Brasinha, sobre quando se criou a Secretaria Municipal da
Juventude. Falo isso na condição de o mais jovem Vereador desta Casa, porque
acredito que um Governo que cria uma Pasta específica e quer montar uma
estrutura em cima de um tema, transformando o planejamento em realidade,
prioriza e estabelece um novo capítulo para aquele segmento.
Eu
acho que estamos estabelecendo aqui, Ver. Nereu, Líder da Bancada do meu
Partido, um novo capítulo a respeito do tema turismo na nossa Capital. Então,
quero me somar àqueles que entendem oportuno aprovar este Projeto. Acredito que
temos que superar os pormenores que estão sendo apontados, porque o tema
turismo é fundamental, traz divisas para o Município, complementa, gera emprego
e realmente deve ser considerado como tema prioritário na gestão de um Governo
Municipal.
Por
estar adoentada, a Secretária Ângela Baldino não está presente neste momento
histórico importante, então queremos fazer um reconhecimento ao seu trabalho, a
toda a equipe que a acompanha desde o início deste Governo nesta Pasta tão
importante que é o Turismo. Todo esse envolvimento gira em torno dos hotéis,
dos bares e restaurantes que estão diretamente interligados à questão Turismo,
a essa questão que envolve os turistas de um modo geral, às pessoas que vêm à
Cidade.
Essa
é a reflexão que trago, essa é a minha análise para o tema em debate, este Projeto
de Lei que cria a Secretaria, e tenho certeza de que todos os pormenores serão
superados na tarde hoje nesta Casa, porque realmente a consolidação deste
momento, por meio da criação dessa Secretaria, demonstra que o Turismo é uma
prioridade em Porto Alegre; tem que ser, deve ser, e será, com certeza,
aprovado este Projeto.
E aqueles pormenores que terão de ser arredondados,
tenho certeza de que não interferirão no conceito coletivo do que se criou, a
partir do protocolo deste Projeto aqui na Casa, por iniciativa do Prefeito
Fogaça.
Cumprimentos ao Governo, na certeza de que o nosso
Partido estará acompanhando este momento histórico que marca, como um divisor
de águas entre o Escritório que trabalhou com o Turismo e uma Secretaria
estruturada com foco na criação de políticas públicas que auxiliem o tema
turismo na nossa Capital. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Verª
Maristela Meneghetti, na presidência desta Casa; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
assistência do Canal 16, em primeiro lugar, queria fazer um registro ao Ver.
Ervino, no sentido de que a Bancada do Partido dos Trabalhadores não falta; tem
responsabilidade com esta Cidade. Mas o que falta muito é competência do
Governo naquilo que é analisado e divulgado. Fizemos um jornal avaliando os mil
dias do Governo Fogaça, onde se deixou clara uma série de registros em que os
indicadores, praticamente todos, pioraram, e muito.
E agora estamos discutindo aqui a criação da
Secretaria de Turismo. É uma proposta encaminhada, é uma iniciativa deste
Governo, numa Cidade que, como Capital, já foi a quinta Cidade em Turismo do
País, principalmente do Turismo de Negócios. No entanto, é a criação da
Secretaria que resolve a política do atrativo e do incentivo para que se tenha
um Turismo forte e pujante na Cidade? Eu acho que não, Ver. Dib, não é só a
criação da Secretaria! Aliás, ela é apenas um elemento. O que garante o Turismo
é, sim, uma cidade que seja bonita, que seja atrativa e a nossa Cidade está
muito feia. A Cidade está
feia porque está suja; Ver. João Antonio Dib, V. Exª pode palmilhar todas as
ruas da Cidade e vai ver que toda ela está suja, está pichada, está com lixos
acumulados em todos os lados. A Cidade está escura, a Cidade está insegura e a
Cidade está esburacada. Então, vejam só, não é a criação da Secretaria - que é
mais um instrumento, mais uma aparelho criado na Cidade, como muitos já foram
criados neste Governo - que vai fazer com que o turismo aconteça.
Vejam
só, tivemos, nesta Cidade, o Fórum Mundial Social, que já foi o maior evento
que Porto Alegre teve, repetido por três anos consecutivos. Isto foi perdido!
Os grandes eventos, os grandes debates, o Orçamento Participativo, a Cidade
plural, a Cidade tolerante, a Cidade da paz, que ainda tem alguns eventos, mas
se nada for feito vai acabar perdendo esses também. E foi graças à democracia
participativa, ao Orçamento Participativo, foi graças ao Fórum Social Mundial,
que nós temos aqui em Porto Alegre os Fóruns Mundiais das Igrejas, que nós
temos aqui os fóruns que celebram, que promovem a paz e a tolerância. Isso tudo
está perdendo fôlego, porque o desenvolvimento das práticas inovadoras da
democracia também está perdendo potência neste Governo.
Então
não é só a criação da Secretaria que vai resolver. Nós precisamos de uma Cidade
cuidada, de uma Cidade limpa, nós precisamos de uma Cidade segura, de uma
Cidade que seja muito agradável e atrativa. E que ela recupere os grandes
eventos, como o Fórum Social Mundial; que ela mantenha uma indústria permanente
de pessoas visitando. A Cidade precisa ter uma atividade econômica pujante.
Agora,
vejam, se de um lado o Governo fala das dificuldades, e eu sei que não estão
pagando mais os fornecedores, nem os empreiteiros e que só vão pagar no ano que
vem, mas está-se propondo aqui a criação de mais 14 CCs para estruturar a
Secretaria.
Há
outro Projeto que já chegou à Câmara que cria mais 19 CCs para o DMAE, para
cuidar do Projeto Socioambiental. Bom, vão me dizer que são temporários. Sim,
são temporários, os do DMAE são para enquanto durar o Projeto Socioambiental,
no mínimo, cinco anos; e esse, Ver. Nereu, são nove CCs para durar 24 meses,
com uma Emenda nossa que reduz para 18 meses. Mas eu não consigo entender um
Governo que disse que vinha para poupar, que vinha para ser austero, que vinha
criticando aquilo que era feito pela Administração Popular, que dizia que iria
valorizar os funcionários e cria 25%, 30% a mais de Cargos em Comissão.
Eu
vejo que, nesse caso, não haveria, em absoluto, necessidade de ter essa
atitude, porque o Governo diz que está mal de dinheiro, e, ao mesmo tempo,
continua gastando os seus recursos sem critério. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Todeschini.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srs.
Vereadores, nossa ilustre Presidente, Maristela Meneghetti; nós estamos
discutindo uma lei muito importante para nossa Cidade: a criação de uma
Secretaria de Turismo que há anos vem sendo gestada, discutida, e,
extremamente, necessitada.
Sem
dúvida, falar aqui da importância do turismo seria quase que redundância; está
provado que o turismo é o que mais gera renda, emprego e impostos em todo
mundo! Aqui em Porto Alegre não é diferente.
Nós
já estamos em situação muito boa para o turismo de eventos, mas ainda falta
crescer em vários outros setores e precisa-se de um organismo que seja focado
exatamente para este ponto.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, eu
quero cumprimentar V. Exª e dizer que o Prefeito Fogaça teve a grandeza de
criar essa Secretaria com 999 dias de Governo; eles tiveram 5.844 dias e não
conseguiram criar a Secretaria. Mas, se o Governo do Ver. Todeschini - há
poucos minutos aí falando - era tão bom assim, por que o povo trocou? Por quê?
Será que o povo estava errado? Alguma coisa aconteceu, não é, Vereador?
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Exatamente,
mas eu vou ficar focado na Secretaria de Turismo. A Secretária esteve aqui, foi
prorrogado para hoje, porque gostaríamos que o Projeto fosse votado pela
unanimidade da Casa, porque é um Projeto muito importante para a Cidade.
O
Ver. Adeli Sell, grande defensor do turismo e defensor da idéia da Secretaria,
apoiador, está querendo cortar. Quer dizer, apóia até certo ponto, muito antes
pelo contrário. Muito bem. Justamente os Cargos em Comissão, que serão objeto
de concurso público, ele quer reduzir de nove para cinco. Ora, Vereador, isso
foi estudado, isso não é brincadeira! Vamos pedir nove para ganhar cinco? Não!
É que são necessários os nove. E esses mesmos nove serão objeto de concurso.
Ele
quer reduzir o prazo do concurso, Ver. Luiz Braz, veja, ele quer reduzir o
prazo de 24 para 18 meses. São três meses deste ano; 12 meses do ano eleitoral,
já são 15 meses. Entra o novo Prefeito, ou é reeleito o mesmo Prefeito, e o
novo Prefeito terá três meses para oficializar e implantar o concurso. Ora,
vejam bem, ele não pode fazer concurso em época eleitoral! Não pode, porque
será julgado por proselitismo político.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Imagine que, pela Emenda, pelo
menos esta que diminui o número de CCs, nós vamos ter uma Secretaria sem
estrutura. Então, é melhor não criar, porque vamos criar uma Secretaria só por
criar.
Acho
que se criarmos a Secretaria, temos de dar estrutura a ela e cobrar depois o
trabalho que deve ser realizado.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Perfeitamente,
e é isso que eu espero que os meus colegas Vereadores e Vereadoras analisem,
porque, se o assunto foi estudado, ninguém está brincando aqui! Nós precisamos
desenvolver o turismo em Porto Alegre, porque nós temos muitas atrações
turísticas e estamos em boa situação nacional, no turismo de eventos, mas falta
o turismo de compras, o turismo de laser, o turismo náutico, o turismo
esportivo; tanta coisa que nós temos ainda para desenvolver. Então, eu espero
que este Projeto seja votado e aprovado por unanimidade.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Carlos Nedel.
Apregoamos
o Requerimento, de autoria do Ver. Adeli Sell, que solicita a retirada de
tramitação da Emenda nº 01 ao PLE nº 015/07.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que
nos acompanha pelo Canal 16, queria deixar claro que - como membro da Mesa, até
porque a discussão inicial foi, aqui, a questão da devolução do Plano Diretor
-, nós estamos aguardando o retorno do Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre a
respeito da retirada do Projeto do Plano Diretor, em função dos enormes
problemas que estão causando a esta Casa. Portanto, nós estamos aguardando esse
encontro para podermos justificar os problemas existentes.
Este
Projeto da criação da Secretaria de Turismo - até como formando em Comunicação,
em Jornalismo - eu jamais votaria contra, defendo o ponto de vista que os
Governos devem abrir mais espaços aos formandos em Comunicação, sejam eles do
Jornalismo, RP, Publicidade e Propaganda ou Turismo. A nossa sociedade precisa
abrir espaço para os profissionais, mas não criando CCs e, sim, promovendo
concurso público, até porque é de extrema importância que esses jovens tenham a
possibilidade de entrar no mercado de trabalho pela porta da frente, por
concurso público e não como CCs.
Percebemos
que o Projeto de Lei cria 16 CCs e cinqüenta e poucos estagiários. É um grande
número de estagiários? É um grande número. Somos favoráveis? Sim. Somos
favoráveis. Porque o mercado de trabalho das universidades precisa de espaço,
sim, para formar esses estudantes, e, a posteriori efetivá-los através
de concurso público. Mas eu fico tremendamente preocupado na medida em que o
Governo sinaliza ao longo da sua gestão a criação de mais 100 CCs, ampliando em
350, praticamente, passa para 450 o número de CCs na Cidade, e não faz nenhum
concurso público, principalmente para a área da Saúde. Nós tivemos agora,
recentemente, a demissão de 731 servidores da área da Saúde, porque o Governo
não mandou para esta Casa, através de Projeto de Lei, enfim, para a Câmara criar
possibilidades de vagas para a Saúde, e com isso mais de 700 e poucos
trabalhadores foram demitidos. Agora o Governo, através do TAC feito com o
Ministério Público, deverá fazê-lo até o final do ano, isto é, encaminhar um
Projeto de Lei para cá, para criar essas vagas para a Saúde e posteriormente
efetivá-los. Isso com os agentes comunitários, sem contar com os demais
profissionais, que deverão abrir vagas sem concurso público para a possível
efetivação.
O
Sr. João Carlos Nedel: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu não me recordo,
V. Exª falou em 50 estagiários e quantos CCs?
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Dezesseis
CCs.
O
Sr. João Carlos Nedel: Dezesseis
CCs. Nove mais sete são dezesseis. Mas estagiários não fala nada aqui no Projeto.
Tem um convênio que será extinto. Então V. Exª está falando o que não tem no
Projeto. É só isso que eu queria que V. Exª esclarecesse.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Vossa
Excelência possivelmente não conversou com a Secretária, que nos confirmou que
haverá mais de 50 estagiários, mas nós não somos contra.
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Gostaria de esclarecer ao Ver.
Nedel que a Bancada do PT fez uma reunião com a Secretária, o número de
estagiários é esse mesmo - e são necessários - porque eles cuidam de sete
Serviços de Atenção ao Turista, ou seja, eles têm de ficar, às vezes, três
turnos no Mercado Público, nos Shopping
Centers, aqui na Usina do Gasômetro, no Mercado Bom Fim. É correto manter o
Serviço de Atenção ao Turista com estagiários, é função deles, está correto,
51, nós somos favoráveis e não escondemos a nossa opinião.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado,
nobre Ver. Adeli, Líder da Bancada do PT. É exatamente isso, até porque nós
incentivamos há muito tempo essa idéia de estágios para os profissionais,
independente da sua área. E quero aqui fazer mais um apelo ao nobre Governo
Municipal, que encaminhe a esta Casa, sim, um Projeto de Lei, com
urgência, criando os cargos da Saúde. Isso vai ajudar não só os profissionais,
que por lei devem ser efetivados, mas vai oportunizar que os Gerentes
Distritais chamem os funcionários que estão em falta, porque, na grande maioria
- mais de 90% das Unidades de Saúde e PSF -, estão faltando profissionais, e
temos, com isso, uma degradação do serviço de Saúde. Portanto pedimos aqui,
encarecidamente, que o Governo mande para cá, pois há consenso nesta Casa de
criarmos os cargos para a Saúde, principalmente agora em função da crise
recente com os Postos de Saúde da Família, que estão numa tensão enorme, porque
a empresa que, de certa forma, assumiu esses serviços, além de estar em uma
atividade por um processo legal que não foi feito, que é via licitação, sim,
foi feito por uma atitude talvez escusa, e não procede com a Lei das Licitações.
Portanto, estamos, sim, investigando a Sollus, porque ela não tem, pelo que já
aprontou em outras capitais, a legitimidade de poder abraçar esse serviço.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Apregôo a Emenda
nº 03 ao PLE nº 015/07 (Lê.): “Altera a quantidade de Gestores C no quadro do
artigo 5º, que passa a ter a seguinte redação:
Quantidade: 03 - Denominação Básica: Gestor C – CC
Código 1.1.2.7.
Subscreve o Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada do
PT.”
O Ver. Dr. Goulart solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 26 de setembro
a 3 de outubro de 2007
(Obs.: Foi apregoado Requerimento
de licença do Ver. Dr. Goulart e dada a posse ao Suplente, conforme consta na
Ata.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito
obrigada, Verª Maristela Meneghetti, a quem cumprimento na presidência dos
trabalhos; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, este Governo, em alguns casos, é
meritório, em outros, nem tanto; ele não tem medo de gastar. A situação da
criação das Secretarias, paralelamente ao choro que nós ouvimos, aqui, do Ver.
Ervino, do déficit de três anos, tentando superar o déficit, conseguir colocar
a Prefeitura em condições de captar recursos, parece contraditória, Ver. Nedel.
O Governo já criou mais de 100 CCs desde o início do Governo, criou as
superFGs, criou uma supergratificação para a Fazenda, Ver. Dib; todos os níveis
superiores da Fazenda ganham mais do que o Prefeito Municipal. Todos! Essa é a
farra que está acontecendo em Porto Alegre com a elitização de um grupo de
funcionários municipais. Eu não creio que esse seja o caso com a Secretaria de
Turismo, mas quero ponderar algumas questões. A relação que eu tenho de
funcionários e CCs é bem menor do que essa, Ver. Luiz Braz, que argumentou aqui
que não tem como a Secretaria funcionar sem esse número de CCs. Eu já fui
Secretária Adjunta e ex-Secretária da SMED, e a SMED tem mais de cinco mil
funcionários e tem 27 CCs, tinha, na minha época, e me lembro muito bem do
número. É uma das Secretarias com o menor número de CCs, proporcionalmente. São
cinco mil, Ver. João Dib. Hoje, a SMED tem um pouquinho menos de quatro mil
professores e em torno de mil funcionários não-docentes. Portanto, de que forma
gerenciávamos a Educação no Município? Apostando e valorizando os próprios
funcionários de carreira. Então, toda a equipe de planejamento, as equipes de
assessoria, de formação,
técnicos são funcionários públicos municipais de carreira, que tiveram o seu
saber valorizado, que têm FGs, não são muitas as FGs também.
Inclusive,
nesse momento, Ver. Garcia - acabei de ligar para o Secretário Clóvis, falei
com a Verª Clênia -, em que o Governo Municipal está resolvendo várias
situações como a do turismo, que mande para esta Casa a criação das FGs de
vice-diretores, Verª Neuza, que são quatro escolas que alcançaram o tamanho
GG... Um segundo vice é extremamente necessário; são três turnos de
funcionamento, quase dois mil alunos, é muito necessário, está no Gabinete do
Prefeito, são só quatro FGs – funções gratificadas.
Voltando
à Secretaria, eu acho que essa relação de 16 CCs para 30 funcionários e para 50
estagiários é uma relação muito distorcida. Se fossem provisórios - como alguns
são provisórios - ainda poderíamos conversar, porque eu acho também que tem que
dar o tempo necessário para a realização de concurso, para nomeação. No
entanto, a própria Ângela, atual Diretora de Turismo, ou Secretária, não sei
qual é a função dela, nos afirmou que o atual convênio poderá ser prorrogado
enquanto são providos os cargos por concurso. Então há uma justificativa, tem
uma Secretaria criada, tem os cargos criados, o tempo do concurso; podemos
prorrogar o atual convênio, pois nós também não concordamos que é a melhor
forma de gerenciar o turismo. Acho que Porto Alegre merece uma estrutura
permanente, que se qualifique progressivamente, que seja formada por técnicos
próprios, que vire uma política de Estado, com estabilidade, com estrutura, com
legalidade, com o Funturismo. Nós somos favoráveis, só achamos que não tem
necessidade dessa quantidade de CCs; pode ser resolvido com este contrato,
enquanto não se nomeiam novos funcionários.
Quero
encerrar dizendo que esse prazo de 18 meses é exeqüível se este Governo se
agilizar. O Ver. Oliboni já chamava a atenção aqui que há mais de um mês os
agentes comunitários de saúde foram incorporados pela Sollus, e algum Projeto
de Lei com a criação dos cargos já deveria estar aqui; e já está pronto, Ver.
Oliboni. A Secretária da SMAM, Sônia, disse que já estava pronto há um mês e
dos demais cargos também. Tem de se agilizar, porque o concurso de monitor das
escolas infantis, em 2005, Ver. Carlos Todeschini, encerrou o plantel do
concurso, encerrou a validade do concurso. Dois mil e cinco! E a SMED afirma
que foi o centro do Governo, portanto o Prefeito Fogaça e os seus Secretários,
que não encaminharam o concurso. Hoje nós temos 16 escolas infantis, Ver. Alceu
Brasinha, em que 70% dos adultos são estagiários, cuidando de bebês até
crianças com seis anos de idade, o que é uma pauperização. É temerária essa
política, uma terceirização e o uso indevido de estagiários.
É
possível, sim, realizar concurso em 18 meses, substituindo o atual convênio,
desde que haja vontade política, competência e agilização. Então, acho que as
nossas Emendas qualificam e delas dependem a nossa aprovação da criação da
Secretaria.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE
nº 015/07.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta dos trabalhos, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, há muito ressentia-se a
Administração Municipal da cidade de Porto Alegre de um instrumento mínimo
capaz de administrar um dos produtos hoje de grande valia no mundo que é
exatamente o produto chamado “turismo”. Várias nações, vários Estados e
Municípios têm na sua ferramenta de turismo um dos incentivadores indutores do
desenvolvimento. A chamada “indústria sem chaminé” tem uma abrangência muito
grande, porque não só envolve a economia, que é um fator fundamental no
turismo, mas também serve para uma série de enfoques ligados à própria história, à paz, na
medida em que os fluxos turísticos, mormente internacionais, se prestam ao
entendimento dos povos, a todo um processo de interação de valores, de cultura,
de pessoas, enfim, é um instrumento extremamente valioso. Nós aqui possuímos a
Epatur, e contra a sua extinção resistimos - e perdemos. Aí cria-se um
Escritório de Turismo absolutamente... Não pelas pessoas, evidentemente, porque
eu até diria que todas as pessoas, independentemente de Partido político, que
estiveram nessa área, foram pessoas competentes - está aí a Ângela Baldino, uma
figura competente, experiente, dedicada -, mas o Escritório era um instrumento
absolutamente pequeno, incapaz de produzir e buscar isso que todos queremos,
que é exatamente fomentar, desenvolver o turismo, que deixa receita, que
emprega, que desenvolve, que cria valores e tantos outros... Somos, por assim
dizer, o portal do turismo do Prata. Nós não podemos conceber, Srs. Vereadores
e Vereadoras, que fluxos passem por Porto Alegre.
Eu quero dar aqui um exemplo: era Prefeito o
Ministro Tarso Genro e fomos a Buenos Aires – a Verª Maristela Maffei estava
junto -, aí o Prefeito Tarso nos convidou para visitar a Embaixada do Brasil –
a Verª Margarete Moraes estava, não sei se na ida -, e fomos lá. O embaixador
nos recebeu e disse: “Quero dizer a vocês que as praias de Santa Catarina
colocam aqui na Embaixada uma, duas moças que, com panfletos, com material
colorido, ‘vendem’ as praias de Santa Catarina”. Estão aí as praias de Santa
Catarina. São bonitas, é verdade, mas porque há ação em função do turismo. E
nós aqui, em especial em Porto Alegre, não temos nada, absolutamente nada de
instrumentos capazes exatamente de fazer com que o turismo se desenvolva. Temos
festas extraordinárias. Temos a Semana Farroupilha, que nem é Semana
Farroupilha, é o mês farroupilha, há todo um envolvimento em que poderíamos,
através de ferramentas institucionais, fazer com que essa festa da Semana
Farroupilha fosse visitada por pessoas de todo o mundo.
Então,
nós precisamos, evidentemente, criar um instrumento. Eu acho extremamente
pequena essa estrutura. Nós temos que pensar alto, gente. A Casa e o Município
precisam pensar mais alto. Nós estamos muito medíocres, nós estamos muito
pequenos. Determinadas economias não levam a coisa nenhuma. Isso é uma
estrutura muito pequena. Nós precisaríamos de uma estrutura maior, porque a
política do turismo, através de uma Secretaria de Turismo não é despesa; é
investimento. Essa é a visão que temos que ter. Trata-se de um investimento
para trazer recursos para Porto Alegre, emprego, etc., etc.
Portanto, não há por que não aprovarmos imediatamente
esta matéria e nos esforçarmos para que essa Secretaria se desenvolva e atinja
suas finalidades. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Elói Guimarães.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
discutir o PLE nº 015/07.
A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta
dos trabalhos, Maristela Meneghetti, eu lembro que, em 2003, quando cheguei a
esta Casa, há uns dois meses tramitava um Projeto da Secretaria Municipal da
Cultura pela criação de um CC para a Coordenação das Manifestações
Tradicionalistas e Nativistas da Secretaria. Essa matéria transitou muito, foi
muito difícil. No dia da aprovação, o Alegrete teve que vir aqui junto com os
tradicionalistas, porque alguns não se convenciam da necessidade de um CC para
algo muito importante na Cultura de Porto Alegre, na Cultura do Rio Grande do
Sul. Tudo era com muita parcimônia. Agora, nós aprovamos CCs aos borbotões
nesta Casa. Nós já aprovamos, neste Governo, mais de 150 CCs. É muito, não é?
Nós ouvíamos o Ver. Sebastião Melo dizer a “cecezada” num tom de muito
desprezo, como se os CCs fossem funcionários desqualificados, absolutamente
apenas ligados aos Partidos políticos.
Eu acho, Ver. Mario Fraga, que há um autoritarismo
aqui nesta Casa, porque a maioria da Bancada da situação não aceita dialogar,
sequer aceitam ouvir ou discutir as nossas Emendas, e nós temos o direito, sim,
de apresentar as nossas dúvidas, as nossas reflexões, os nossos
questionamentos. Nós queremos dialogar, e dialogar significa falar, significa
ouvir. Nós somos favoráveis à criação da Secretaria de Turismo. Eu acho que
esse ramo faz parte de uma atividade fundamental no mundo contemporâneo, mas
essa Secretaria vai ter que apresentar os atrativos da nossa Cidade para os
turistas e atraí-los, sobretudo, para aquilo que é diferente, como o
Acampamento Farroupilha, também dito pelo Ver. Elói Guimarães. As obras de arte
que existem na Cidade deverão estar bem cuidadas, o meio-fio pintado; isso não
acontece mais, porque diziam que isso era um detalhe de quem pensava pequeno.
Uma Cidade limpa, iluminada, com a cultura funcionando.... Há muita história e
muita arte em Porto Alegre para ser mostrada, mas ela tem que estar sendo
potencializada. Com o Guaíba limpo, já existem alguns passeios de barco, hoje.
As igrejas devem estar restauradas, como é o caso da única igreja restaurada, a
Igreja das Dores, pronta com verba do Projeto Monumenta, do Governo Federal.
Vamos pensar nisso. O transporte coletivo deve ser o melhor possível. Quando as
pessoas vieram ao Fórum Social Mundial andavam de ônibus, queriam conhecer a
periferia... Eu lembro que foram lá na Vila Pinto ver os telecentros que já
funcionavam, e era de lá que eles se comunicavam com as suas cidades. Eles
querem ir à periferia e não ver alagamentos, mas ver o arroio Feijó
desassoreado, limpo. Isso é o Fórum Social Mundial.
Os CCs são cargos dignos, nós os respeitamos e
somos favoráveis. Agora, sem exageros, deve haver proporção entre o
funcionalismo - o quadro de funcionários daquele órgão – e os CCs que serão os
dirigentes. A Verª Sofia Cavedon falou no caso da SMED. No caso da SMC, são 17
ou 18 CCs para 400 funcionários; são nove equipamentos espalhados em toda a
Cidade: a Usina do Gasômetro, o Centro Municipal de Cultura, o Araújo Vianna, a
Casa Torelly, a Casa Godoy, a Travessa Paraíso e outros. Nós respeitamos as
instituições, trabalhamos com muita responsabilidade, queremos o melhor para
Porto Alegre, respeitamos o trabalho da Diretora, futura Secretária, Ângela Baldino,
respeitamos a figura dela. Jamais faríamos o que faziam aqui quando eu cheguei,
mandavam o André Passos sair daqui, ele que era o nosso Coordenador do Gaplan,
porque ele estaria perturbando a Sessão dentro desta Casa! Nós respeitamos,
agora, nós queremos ser ouvidos, queremos resolver coletivamente os problemas
da Cidade, junto com a situação. Estamos oferecendo Emendas de bom senso,
razoáveis e equilibradas e nós queremos ser ouvidos! Demos quórum para muitas
votações, quando a base aliada, com 26 Vereadores, seguido não tem quórum nesta
Casa, Ver. Ervino Besson, e nós ficamos até o fim. Ficamos até o fim no dia da
aprovação do Projeto do Ver. Dr. Goulart, Verª Maria Luiza, ele queria aprovar
o Projeto da cirurgia das mamas. Se não fosse a Bancada do PT, não teria
passado. Então, nós queremos esse respeito e queremos que as nossas Emendas,
que são razoáveis, sejam aprovadas. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07, por cedência de
tempo do Ver. Almerindo Filho.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; nobres Pares, Vereadores e Vereadoras,
eu tenho visto os debates sobre a criação da Secretaria de Turismo, à qual não
temos nada a nos opor, já está mais do que debatido. Desde o início, eu sempre
defendi que Porto Alegre teria de ter uma Secretaria própria de turismo. Agora,
o que eu estou vendo aqui é uma discussão de cargos de CCs, discussão de
estagiários. Eu quero dar os parabéns à Liderança do PT aqui na Câmara, porque estou vendo
defenderem a diminuição de CCs, ao menos aqui, porque lá em cima, há pouco
tempo... Um Ministério para o Sr. Mangabeira Unger com 600 CCs; 25 mil num ano
para o Lula, e assim vai. Nós sempre defendemos nossa posição, democratas,
neoliberais, de enxugarmos a máquina administrativa. Mas eu quero chamar a
atenção para o Projeto que cria a Secretaria de Turismo e o convênio que a
Prefeitura tinha até o presente momento. E eu quero, sinceramente, dar os
parabéns à Administração Pública Municipal, à Dra. Ângela Baldino, pela atitude
de corrigir uma situação totalmente nefasta à Administração Pública de Porto
Alegre. Vejam os senhores, esse convênio estava entregando para o nosso turismo
até então 21 cargos. A Prefeitura pagava o salário de 21 funcionários, pagava
seus encargos sociais; eu não sei, mas acredito que também pagava o lucro do
convênio para a conveniada. E o pior de tudo isso, correndo o risco, certo e
líquido, de trazermos pendengas trabalhistas sérias para a Prefeitura, como
ocorreu nos convênios passados. Nós estamos completando um ano com esse novo
convênio, talvez não corramos esse risco agora. Mas se perpetuassem esses
convênios, com certeza, nós daríamos a todos esses funcionários estabilidade
nos seus cargos. Então quero dar os parabéns. Agora, reduzir um ou dois cargos
de confiança; reduzir de 24 para 18 meses, concurso público... Gente, isso é só
para criar debate, só para dizer que participou da criação do Projeto. Vamos
poupar tempo, eu acho que nós temos que ver se esses CCs são necessários; eu
acredito que sejam. Porque o turismo, se for bem fundamentado, se tiver um rumo
- como eu acredito que vá ter daqui para frente -, vai trazer muito mais renda
para o Município do que as despesas desses CCs. No momento em que nós tivermos
um turismo com a potencialidade da nossa Cidade, eu acho que serão poucos esses
cargos que estamos criando pela dimensão que pode ter o desenvolvimento
turístico da nossa Cidade.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu agradeço pelo
aparte, porque isso qualifica o debate. Só lembrando a V. Exª que nós fomos
eleitos para debater, fiscalizar e legislar sobre a cidade de Porto Alegre, e é
isso que nós estamos fazendo, eu creio, de maneira competente. Obrigado.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Agradeço o
aparte, com certeza, é o que nós estamos fazendo também, tomando e aprovando
atitudes corretivas da Administração Pública de Porto Alegre. É mais um senão
errado do passado da Administração Pública que está sendo corrigido. Se vamos
correr riscos, vamos correr riscos com os nossos funcionários, vamos correr
riscos com os nossos CCs e não com funcionários de conveniadas, porque sempre
estaremos, na lide, respondendo perante a lei trabalhista.
Para encerrar, eu quero dizer que, há poucos dias,
eu li que transitou em julgado, no Supremo Tribunal Federal, uma decisão
estendendo aos funcionários públicos os mesmos direitos trabalhistas dos
funcionários da iniciativa privada, portanto, corroborando com essa anomalia
que estava ocorrendo com esses convênios que a Prefeitura estava tendo em
função do turismo. Então, dou os parabéns três vezes: parabéns pela iniciativa
da Secretaria de Turismo; parabéns por essa decisão saneadora, evitando
percalços futuros; e parabéns a Porto Alegre, que acho que agora vai ter um
programa, um projeto efetivo de desenvolvimento turístico, conforme a sua
potencialidade. Muito obrigado pela atenção dos senhores.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Apregôo o
Requerimento, assinado pelo Ver. Adeli Sell, que solicita sejam votadas em
destaque as Emendas nº 02 e nº 03 ao PLE nº 015/07.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLE nº 015/07.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, o Projeto ora em discussão é
um Projeto de suma relevância para a cidade de Porto Alegre, bem como para o
Estado do Rio Grande do Sul, porque estamos tratando da Capital do Estado, e há
muito que lidamos com essa dificuldade de não termos uma Secretaria que possa
dar o status necessário na questão do turismo. Eu quero dizer, Vereador
e Líder da Bancada do nosso querido Partido dos Trabalhadores, que compreendo e
respeito as preocupações que
os Srs. Parlamentares dessa Bancada têm em relação a qualquer novidade que aqui
chega, porque fiz parte dessa Bancada e sei o tratamento que tínhamos, durante
os 16 anos, em relação a qualquer novidade, em relação a CCs, em relação a
Secretarias, e é real a discussão que havia aqui e a forma do tratamento.
Mas
não quero entrar, Srª Presidenta, nessa briga. Por quê? Esta Cidade padece da
formação dessa Secretaria e não será a diferença de quatro ou de seis CCs,
necessários neste momento, que gerará obstáculo para a formação dessa
Secretaria, porque, estabelecidos os prazos, nós temos que dar um voto de
confiança, sim, para a nossa Secretária Ângela Baldino, pela sua seriedade.
Sabemos que existem problemas neste Governo, muitas vezes existe um diálogo de
Torre de Babel, quero dizer que acredito na seriedade dessa Pasta e da Pasta
futura que se avizinha em relação à questão do turismo. Todos nós nesta Casa,
todas as Bancadas têm contribuições importantíssimas, porque cada Partido é uma
parte, e a Cidade é um todo; e é necessário repetir que todos nós entendemos um
pouco da área de turismo.
Vemos
a orla do Guaíba, por exemplo, no que diz respeito à parte de Ipanema, na qual
não temos ainda estabelecida uma política de artesanato, porque é o artesanato
que dá vida ao turismo em qualquer lugar que você vá. O artesanato e as
articulações com as outras cidades, com os outros países dão visibilidade, são
as diversidades culturais da nossa Cidade que vão dar vida! A beleza da nossa
Cidade, a questão econômica e a diversidade cultural estão prontas para ser
colocadas de uma forma séria e há a necessidade de uma Secretaria de Turismo.
Portanto,
Ver. Garcia, Verª Clênia Maranhão, Líder do Governo, com todo o respeito também
à Bancada do PT, já que vou votar numa das Emendas e na outra vou acompanhar o
Governo, quero dizer que a Bancada do PCdoB, através desta Vereadora, vai votar
favoravelmente, tanto ao Projeto como à viabilidade, com o compromisso do
Governo. E nós estaremos atentos ao cumprimento, de que, estabelecidos os
prazos do concurso, ocorra a extinção dos CCs que nós estamos aprovando, aqui,
como um voto de confiança, não apenas para este Governo, neste momento, mas
principalmente para a cidade de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o
PLE nº 015/07.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Verª
Maristela Meneghetti, colegas Vereadoras e Vereadores, nós costumamos fazer
oposição, mas uma oposição que pense na Cidade, que seja propositiva e não
ficar apenas dizendo não, não e não. Tanto é assim que, com relação a este
Projeto, nós recebemos a Coordenadora do Escritório de Turismo da Cidade,
Ângela Baldino, na sala da nossa Bancada, junto com a sua assessoria, e
discutimos o Projeto, Ver. Nedel. Vossa Excelência, inclusive, não sabia de
dados que nós sabemos, exatamente porque nós estudamos aquilo que vamos votar.
Ficamos
então sabendo que a Secretaria terá uma estrutura de uma forma não adequada: 16
CCs; 30 pessoas estáveis, funcionários do Município; 51 estagiários. Mas já
disse nesta tribuna e repito: cada Governo tem o direito de se organizar da
maneira que acha que deve, com o número de secretarias, departamentos, e assim
por diante. Evidentemente que esta vontade não pode trazer uma despesa muito
grande para o Município e não deve também se estruturar de uma maneira que não
seja adequada. E digo mais: não se pode ficar aqui com uma ilusão de que só o
fato de haver uma Secretaria vai trazer um desenvolvimento enorme para o
Município nessa área, que é importantíssima – ninguém nega, e todos concordam.
Porque, se fosse assim, hoje, apesar de ser um Escritório, esse Escritório está
ligado ao Gabinete do Prefeito, portanto, muito próximo ao Chefe do Executivo.
Em tese, o tema deveria ter uma atenção muito grande, por parte do Chefe do
Executivo, mas não tem. Eu sou daqueles que não esconde aquilo que pensa e eu
acho que, nas nossas Administrações, nós também não demos a atenção que o tema
merecia. Bom, mas se estamos aqui, discutindo um Projeto do Executivo, que cria
uma nova Secretaria, nós temos que tentar fazer - e é essa a nossa postura -
que o Projeto fique o melhor possível. Portanto, nós vemos, numa pequena
Secretaria, a criação de 16 CCs; evidente que isso é um exagero! E, vejam, o
processo que nós estamos vivendo - e é bom destacar isso -, de criação de um
novo órgão no Município, está dizendo que foi através do art. 81! Não passou
por nenhuma Comissão Permanente da Casa! Uma nova estrutura para a Prefeitura
sequer passou por uma Comissão Permanente da Casa, Ver. Nedel! A Verª Margarete
Moraes já disse que, na nossa Administração, quando nós pedíamos um CC, a
aprovação para criação desse CC demorava meses! E, agora, querem criar uma
Secretaria com 16 CCs, com base no art. 81, sem discussão no âmbito das
Comissões! Isso é muito ruim, Ver. Nedel. Mas nós estudamos, com seriedade.
Eu
fico surpreso com a fala do Ver. Ismael, ao dizer que o Governo Federal criou
600 CCs. Nós somos contra! Eu já disse, aqui, que eu sou contra! Quando eu fui
Diretor do DMAE, eu não pedi nenhum CC a mais. Pelo contrário: um terço dos CCs
do DMAE foram substituídos por funcionários do quadro. E, assim, ocorreu na
SMOV: eu não pedi nenhum CC a mais. No entanto, aqueles que criticam o Governo
Federal agem pior aqui! A atual Administração do Prefeito Fogaça já criou,
proporcionalmente, muito mais CCs do que o Governo Federal! E o Prefeito disse
que iria diminuir os CCs! No entanto, ele aumentou muito mais! Aí, vem o Ver.
Ismael e diz que reduzir três CCs é uma bobagem. Não é bobagem, Ver. Ismael!
Isso é dinheiro público! E V. Exª não deve fazer o que critica! Vossa
Excelência tem que ser coerente! O nosso voto está amarrado, Ver. Nedel, à
redução dos CCs. Eu sou favorável à criação da Secretaria, mas se não reduzirem
CCs, eu vou rever o meu voto. Porque eu acho importante a criação de uma nova
secretaria, se o Governo quer, mas que seja de maneira adequada, não com essa
farra de CCs. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o
PLE nº 015/07, por cedência de tempo do Ver. Ervino Besson.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, eu me dirigi à Verª
Margarete Moraes, com todo o carinho, com todo o respeito, mas dizendo a ela o
seguinte: que, realmente, muitas vezes, um CC é difícil de aprovar, não nesse
caso, mas especialmente o hoje Deputado Henrique Fontana, numa tarde, aqui,
conseguiu aprovar, por unanimidade da Casa, 234 funções gratificadas e CCs.
Numa tarde, Ver. Ismael, numa tarde aqui se aprovou, de urgência - com o regime
do art. 81 - 234 FGs e CCs. A unanimidade do plenário sabia que um percentual
disso ia direto, descontado em folha, para os cofres do Partido dos
Trabalhadores. Nós sabíamos disso, mas votamos a favor porque era uma
emergência da área da Saúde. E esta Casa nunca negou, ao Executivo, meios de
trabalho, como a questão dos recursos humanos, numa Prefeitura que tem que ser
reconhecida quando está sendo administrada com honestidade, e, é indispensável,
muitas vezes, a criação de serviços e a criação de novos CCs. Por exemplo,
quando da criação de uma Secretaria, este Vereador fez um Projeto criando a
Secretaria de Turismo nesta Casa, a resposta era: “Não, isso é coisa de
burguês; não passa aqui”. Então, hoje nós sabemos a quantidade de empregos,
pequenos investimentos e a infra-estrutura da Cidade, em si; uma Cidade que
poderia ser perfeitamente vocacionada para o turismo, ela pode criar uma
Secretaria sem nenhum déficit, sem nenhum prejuízo maior. Isso é investimento e
não prejuízo.
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebenelo, apenas para
informar: houve um ano - não lembro qual, eu era Secretária Adjunta da
Educação, quando estive aqui, o Ver. Dib lembra muito bem - e o Projeto de
criação de cargos de professor, na Casa - eram cento e poucos cargos para
nomeação via concurso - foi rejeitado. Sei que tive que apresentar um novo Projeto
e tive que aumentar um cargo, porque tinha que ser um Projeto diferente. Aí o
Ver. Dib disse: “Olha, vamos aprovar, senão daqui a pouco vai aumentar mais”.
Mas a Casa rejeitou, e era para prover escolas, eram cargos via concurso
público. Para lembrá-lo que a Casa já rejeitou.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Perfeito. Acho que talvez um dos poucos Partidos que não pode reclamar, em
matéria de rejeição, é o Partido dos Trabalhadores. Já conseguiu rejeitar,
aqui, nomes de rua, homenagens - já fomos obrigados a renovar votação por
rejeição, inclusive, de homenagem da Casa. Inclusive, quanto a essa questão de
homenagens e de nomes de ruas, acho que têm um limite, e o limite foi
ultrapassado, e, muitas vezes, ao ultrapassar, as coisas não podem ser levadas
nesse sentido, por exemplo, quando o Secretário Henrique Fontana pediu 234
cargos, entre CCs e FGs, e ele rapidamente teve a aprovação, aqui, na Câmara.
Então, a Câmara nunca faltou com o Executivo em relação a isso.
O
Sr. Guilherme Barbosa:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Sebenelo.
Quero fazer uma correção de uma fala minha. Eu disse que o Processo não havia
passado em nenhuma Comissão; passou na CCJ, sim, embora, rapidinho, com o
pedido do art. 81. Quero perguntar a V. Exa - porque tem repetido bastante que
alguém da nossa Administração teria dito que turismo é uma coisa de burguês -
quem disse e quando?
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Perfeitamente. Foi-me respondido, e eu digo isso no dia em que V. Exª também me
informar quem foi que disse que eu votaria sempre em Projetos contra o PT.
Perfeitamente, se o senhor me informar, aí eu troco uma informação pela outra.
Quero dizer que nós, aqui, temos uma tradição muito boa com a cidade de Porto
Alegre. O nosso compromisso não é com o Partido; é com a cidade de Porto
Alegre, e tenho o orgulho de dizer, ao trabalhar nesta Câmara, que nunca esta
Câmara faltou ao Executivo; muitas vezes com uma Emenda, com outra, retardando
às vezes um pouco. Mas o Executivo teve todas as condições, historicamente,
nesta Casa, de contar com a Câmara para o seu bom funcionamento e o bom
atendimento à população de Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE
n.° 015/07.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e colegas Vereadoras,
eu não tenho muito tempo nesta Casa, mas nem tão pouco e - eu acho que não
estou enganado - sempre ouvi, de todas as Bancadas, que, se há uma coisa que
Porto Alegre precisa fortalecer é a área do Turismo, e começo pelo Ver. Adeli,
que é um incansável nessa matéria.
Eu
fico aqui a questionar por que em uma cidade situada ao lado do nosso lago
Guaíba, ou rio Guaíba, com uma rede de restaurantes fantástica, com
equipamentos culturais acima da média nacional e com tantas belezas naturais,
nós não conseguimos prender o turista.
Porto
Alegre se caracteriza especialmente pelo turismo de negócios. Nisso, acho que
nós vamos muito bem; temos algumas excelências, especialmente na Informática,
na área médica, na área de vendas e em outras áreas, o que atrai uma enorme
quantidade de pessoas para a nossa Cidade. Agora, veja o seguinte: eu quero
aqui, sem ranço, dizer que ou nós criamos a Secretaria e damos condições para
ela ser uma Secretaria, ou vamos votar todos contrariamente à Secretaria.
O
que está sendo proposto aqui? Hoje, o Escritório, pelo que sei, tem cinco CCs.
Está-se propondo criar mais quatro, porque, na verdade, os 18, ao longo dos
dois anos, abre-se concurso e diminu-se para nove. Estou dando condições, por
meio do CC, para que eu proceda àquilo que a Constituição determina que se
faça, que é o concurso público. Então, cá para nós, se for para não dar
condições para a Secretaria funcionar, bom, é melhor votar contra. Agora, se é
uma Secretaria que vai fomentar políticas de atração de investimento para esta
Cidade, que vai dar um status nacional e internacional... Até porque a
Secretária Ângela, cá para nós, é uma Secretária “mundiana”, ela é reconhecida,
não só aqui no Rio Grande do Sul, pelas funções que ocupou na ADVB.
Pois
bem, mas será que aquilo que a Secretaria produzirá não vai, com certeza,
trazer mais impostos para esta Cidade? Isso não significa mais recursos para o
caixa da Prefeitura? Não significa mais ISS para os restaurantes? Não significa
mais taxistas, na medida em que atraio mais investimentos, na medida em que
qualifico o roteiro rural? Pois, hoje, cá para nós, Ver. Comassetto, Ervino,
ainda não é o ideal, mas está melhor e tem muito ainda a avançar, seja no Lami,
seja no Canta Galo, seja na Vila Nova, seja no Belém Velho? Eu não vou nem
fazer esse paradigma, porque, cá para nós, comparar com o Governo Federal...
não dá para comparar.
Então,
eu quero, Presidenta, dizer o seguinte: tramitou por esta Casa, Ver. Adeli, e o
João Verle retirou... Defendo a Secretaria de Turismo, como defendo uma
Secretaria de Agricultura para Porto Alegre. O Governo de V. Exª entrou com o
Projeto e acabou retirando. Disse ao Prefeito Verle, naquela época, porque acho
uma área estratégica, numa Cidade que tem um cinturão verde, que vem acabando,
porque a especulação imobiliária vai tomando conta. Portanto,
nós vamos votar. Nós achamos que nove Cargos em Comissão para uma Secretaria do
Município está numa média razoável. São 16, mas vai ser aberto concurso... Não
é isso o que está dizendo o Projeto de Lei? Então, o Projeto de Lei está
dizendo: estou criando 16, estou fazendo o concurso e, ao terminar o concurso,
eu fico com nove. E, cá para nós, não são CCs estratosféricos, sob o ponto de
vista dos seus valores.
Então, acho razoável; mas tenho a convicção de que,
pelo que ouvi, ao longo de seis anos, da defesa do turismo, da Bancada petista,
especialmente do amigo Adeli, que serão eles que vão puxar a votação, porque
sempre defenderam enormemente a qualificação da área do turismo desta Cidade.
(Aparte anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu sei que V.
Exª é uma Vereadora de bem e que sempre vota pela Cidade, mesmo que, às vezes,
até tenha alguma orientação, mas lá, na hora de apertar o botão, V. Exª pensa,
acima de tudo, em Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Sebastião Melo.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLE nº 015/07, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
O SR. ADELI SELL: Verª Maristela
Meneghetti, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e colegas
Vereadoras, amanhã é o Dia Mundial do Turismo, amanhã será inaugurado um
serviço de atenção ao turista em outra área no Mercado Público Central, e eu
gostaria que as pessoas fizessem uma reflexão, porque as coisas não caem do
céu. A nova área, uma sala, começou a ser estruturada, o Projeto começou a ser
feito quando eu estava na gestão da SMIC e quando ainda o Escritório era
vinculado àquela Secretaria. Ou seja, tudo, numa cidade, tem um processo
encadeado; não fosse a gestão ousada, às vezes autoritária, mas
indiscutivelmente ousada de Loureiro da Silva, o que seria da entrada da
Cidade? O que seria da Av. Farrapos? Nós reconhecemos o passado, porque quem
não se lembra do passado, e quem o nega, não pode olhar para o futuro, porque
não encontrará os caminhos que levam ao desenvolvimento da humanidade.
O turismo é fundamental para o desenvolvimento de
Porto Alegre. Eu não vou responder a besteira dita por certo Vereador aqui, que
nós dissemos que o turismo era coisa de burguesia; não vou responder isso, porque na Bancada do PT nenhum
Vereador do PT é idiota, porque sabem, inclusive, que o Turismo é o setor hoje
que, proporcionalmente, mais emprega no mundo - direta ou indiretamente -, são
onze empregos para cada cem empregos que existem no mundo.
Portanto,
nós não vamos responder e entrar nesse tipo de discussão, nem vamos aqui
precisar defender o Deputado Federal Henrique Fontana, nem sua gestão na
Secretaria Municipal da Saúde, porque dor-de-cotovelo também não é um problema
que nos afeta, porque para isso não precisa de médico, por sinal, isso precisa
de psiquiatra. E algumas pessoas precisam de psiquiatra. Não tem cabimento,
porque não faz parte da boa discussão política, não honra a tradição desta
Casa, não honra a tradição do Rio Grande do Sul essa baixaria como tenho ouvido
desse Vereador.
Nós
vamos, sim, trabalhar, incansavelmente, pelo Turismo, Ver. João Carlos Nedel,
porque V. Exª sabe que nós estamos presentes em todas as atividades do Turismo
da nossa Cidade, do nosso Estado, porque nós acreditamos na sua potencialidade
de geração de emprego e renda. Por isso, nós queremos mais centros de eventos
em Porto Alegre. É por isso que nós queremos, cada vez mais, uma gastronomia,
Ver. Elói Guimarães, potencializada, como eu disse, na semana passada, que não
apenas durante a Semana Farroupilha se faça aquilo que é uma tradição deste
Estado: o bom carreteiro de charque. Que o carreteiro de charque seja um
símbolo do cotidiano desta Cidade, como outras comidas típicas do nosso Estado.
Porque nós faremos o que faz hoje Montevidéu, quando se vai para lá, a primeira
coisa que se pede é uma paella. Nós queremos que qualquer pessoa do
mundo, que chegue aqui, possa apreciar um churrasco da forma tradicional, como
era feito na campanha, ou um bom carreteiro de charque ou outro tipo de
culinária. Porque, assim, nós vamos marcar a história e o desenvolvimento desta
Cidade.
Portanto,
ninguém vem aqui dar lição de moral, só porque nós pedimos para diminuir dois
CCs na construção dessa Secretaria. O que é isso? Eu retirei a primeira Emenda,
modifiquei, diminuí apenas dois CCs. Então, não me venham com esse papo de que
nós temos tantos e tantos CCs. Vamos contar da Administração Popular e vamos
contar os CCs de agora, vamos ver quem tem mais CCs. Todo mundo sabe que
aumentou e nós nunca engordamos conta de CC pagando hora extra! Vamos devagar
com o andor, porque hoje, mais do que nunca, estamos atentos a essa questão.
Porque se completarão amanhã mil dias do Governo, e a Bancada do Governo não
disse o que vão apresentar de balanço dos mil dias. Minha Bancada já
apresentou, vai defender o Turismo, porque acredita no desenvolvimento
econômico e social de Porto Alegre. Por isso eu queria pedir o apoio para votar
a Emenda dos 18 meses dessa transição e a Emenda da diminuição de dois CCs para
que nós tenhamos uma Secretaria de Turismo que, sem dúvida nenhuma, é uma
homenagem, não só à Ângela Baldino, que é uma pessoa respeitável, e, também é
uma homenagem, amanhã, ao dia Mundial do Turismo; mas sem balela, sem demagogia
e olhando para o futuro. Quem olha para trás, no retrovisor, pode cair da ponte
do Arroio Dilúvio e se afogar. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, esse tema do Turismo,
durante muitos e muitos anos, tem sido discutido aqui nesta Casa. Este Vereador
está Vereador, em Porto Alegre, há três mandatos - onze anos, ano que vem faço
12 anos de Vereador -, e lembro das inúmeras discussões relativas à questão do
Turismo. Sei que há alguns Vereadores aqui também que lembram como era na época
da Epatur. Os funcionários da Epatur transitavam, diariamente, aqui na Casa,
porque a discussão era sobre a extinção dos seus cargos. Os Vereadores devem
lembrar que os funcionários vinham para cá para saber como ficaria a situação
deles, porque a Empresa Porto-Alegrense de Turismo poderia ser extinta e eles
não sabiam como ficariam. Batiam, diariamente, em gabinete por gabinete. Eu tenho
certeza de que inúmeros Vereadores estão lembrados disso.
Lembro
também de que, quando foi extinta a Epatur, esses funcionários ficaram
diluídos, Ver. Luiz Braz – não sei se V. Exª está lembrado, mas V. Exª é um
Vereador bem mais antigo do que eu, sabe dessa situação. Aí foi criado o
Escritório, mas também como um paliativo. E, agora, está sendo proposta a
questão da Secretaria. Se nós formos analisar, é uma Secretaria enxuta. Se
analisarmos nove cargos, e mais nove, com o compromisso de que, até a realização
do concurso, depois desse prazo de dois anos, caso não haja o concurso, serão
extintos, este Vereador entende que não há por que fazer tanta discussão.
Respeito
a posição do Ver. Adeli Sell, que quer demarcar posição, e acho que isso faz
parte, é importante, mas é importante também, e vou colocar algo que havia dito
no dia 21 de junho, quando se falou nisso, e o Ver. Guilherme Barbosa disse que
não dá para fazer analogia de dois cargos, ou cem cargos. Mas no dia 21 de
junho o Governo Federal reajustou os salários de 21.563 CCs, e o impacto disso
é de 475 milhões, ou seja, 20% do Orçamento de Porto Alegre.
Mas,
é importante salientar, e acho que nisso há um consenso, da importância do
Turismo, não só para Porto Alegre, mas o Turismo, hoje, é responsável por 10%
do PIB mundial, mostrando que, a cada dia que passa, o Turismo e suas diversas
vertentes, sejam elas quais forem, crescem e de maneira não-poluente. É um
grande, se não o maior, negócio neste momento no mundo.
Porto
Alegre teve, nos últimos anos, um crescimento muito grande de uma excelente
rede hoteleira; ampliaram-se os centros de eventos; somos a terceira cidade no
Brasil em aporte de estrangeiros; temos um novo tipo de turismo, que é na área
da Saúde, porque temos médicos altamente qualificados e as pessoas vêm fazer
cirurgias em Porto Alegre e isso passa também pela ótica do Turismo, que tem as
suas diversas vertentes. E sabemos, também, que o turista que vem a Porto
Alegre permanece, em média, na Cidade, dois dias.
Então,
acho que nós temos condições de ampliar, fazendo cada vez mais atrativos. Mas
eu quero dizer que sou totalmente favorável à criação de uma Secretaria que,
volto a dizer, deverá ser enxuta, pois não gostaria que novamente ocorresse
aquilo que já vivemos aqui nesta Casa, de vermos os funcionários da Epatur aqui
diariamente para saberem da sua situação. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para discutir o PLE nº 015/07.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero ser, apenas, coerente. Eu ouvi, aqui, de
todos que me antecederam, a importância do Turismo para uma cidade. Isso não é
novidade nenhuma. Uma cidade como Porto Alegre pode viver, sim, tendo no
Turismo um naco muito grande de novos empregos, arrecadações, enfim, a
divulgação da própria Cidade no mundo todo.
Agora,
quando se cria um ministério, em Brasília, no Governo Lula, é “pau para todo
lado”, mais um ministério, mais não sei o quê. Eu não estou defendendo o
Partido dos Trabalhadores, não; eu só estou falando claramente aquilo que eu
penso. Quando o PT estava aqui e criava alguma coisa, nós dizíamos: “Olha aí o
PT criando mais uma secretaria, etc e tal”.
Eu
pedi, aqui, nesta Casa, a criação de uma secretaria para o idoso. Vocês estão
lembrados. O que aconteceu? E não foi um trabalho feito por mim, mas por um
senhor que me foi indicado pelo Ver. João Dib; um trabalho de primeira linha:
Secretaria do Idoso. O que aconteceu? Absolutamente nada! E por que não? Porque
não tinha, o Governo, condições de liberar mais CCs, mais Cargos de Confiança.
A secretaria para o idoso não interessava a quem estava no Governo, só
interessava a mim e aos idosos. Então, morreu, não aconteceu nada.
Aí
veio, para acumular, o PDT; cria-se a Secretaria da Juventude. O que a
Secretaria da Juventude fez até hoje na cidade de Porto Alegre, depois que foi
criada, com Mauro Zacher na sua presidência? Quantos CCs mais foram criados
para a Secretaria da Juventude? Quantos? Para a Secretaria da Juventude
existiram CCs. Para a “Secretaria do Idoso” não tem CC. Para a Secretaria do
Turismo tem CC.
Mas
"peraí", então, eu vou votar com a minha coerência, 35 votos sim e o
meu voto, não, como um protesto pedindo que amanhã ou depois eu consiga
enxergar, no fim do túnel, um grupo político que realmente trabalhe pela
Cidade, e não pelos grupos que se encontram no poder! Não é assim que nós
falamos de Lula quando ele cria um ministério? Não é assim que falamos de
outros Partidos quando estão no Governo? Há uma maneira diferente de fazer
política? Eu não sei. É só o que eu penso. Não tinha CC para a Secretaria do
Idoso, e não teve, não aconteceu nada, mas teve CC - e muito CC para a
Secretária do Sr. Mauro Zacher - para acomodar um Partido. Agora tem CC para a
Secretaria do Turismo? Espera aí? É claro que eu quero o Turismo em Porto
Alegre. Agora, não quero jogada política, por isso eu vou votar contrariamente
a este Projeto.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Não
havendo mais quem queria discutir o PLE nº 015/07, em votação. (Pausa.) A Verª
Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 015/07.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, amanhã é o Dia Internacional do Turismo, e eu
acho que a Câmara Municipal de Porto Alegre, ainda no dia de hoje, demonstrará,
de fato e não com discursos demagógicos, o compromisso com a política de
Turismo. Eu quero lembrar, Senhoras e Senhores Vereadores, algumas coisas que
talvez os senhores saibam, mas que, por questões políticas, não admitiram desta
tribuna. Eu quero dizer para vocês que nos acompanham que o Turismo vive hoje
dependendo de um convênio. Como uma pessoa pode dizer que defende uma política
de Turismo, se se coloca contra a institucionalização de um órgão que garanta
uma política pública de turismo para Porto Alegre? É uma incoerência
dizer que tem compromisso com turismo e se colocar contra a institucionalização
deste órgão.
Queria dizer ao Ver. Haroldo – é uma pena, acho que
V. Exª não leu o conteúdo do Processo -, não sei se V. Exª sabe, mas há um
apontamento do Tribunal de Contas que exige da Prefeitura de Porto Alegre o fim
desta estrutura que se gera por convênio.
Queria também dizer que hoje trabalham 21 pessoas
nesse órgão, e o que nós estamos propondo é a redução do número de pessoas.
Eles funcionam, na verdade, como se fossem CCs, Vereador, porque, quando nós
assumimos a Prefeitura de Porto Alegre, o Governo passado tinha acabado com a Epatur
e tinha criado um jeito de repassar o dinheiro para uma instituição, que não é
pública; é conveniada. Hoje os empresários de turismo, os operadores do
turismo, as pessoas que entendem de políticas de turismo reconhecem a
necessidade, assim como o Tribunal de Contas, desta institucionalização. O que
nós estamos fazendo aqui é uma redução, inclusive, de gastos, com o enxugamento
da estrutura atual.
Queria também lembrar que estamos criando, por
concurso público, no máximo daqui a 24 meses, a estrutura institucional para
garantir o funcionamento da Secretaria. Acho que o concurso público é o
caminho, e nós estamos defendendo isso neste Projeto.
Queria, por último, dizer que é preciso permanecer
a memória, a história daqueles Governos que nos antecederam e que construíram a
política de turismo desta Cidade. Para isso é preciso um grupo de pessoas muito
pequeno; estamos propondo, no art. 5º do Projeto, a criação de nove cargos, e,
em contrapartida, no art. 6º, os cargos técnicos vinculados a esta Secretaria,
para a efetivação da estrutura para a construção da memória, para organização
do concurso público. É disso que se trata, é disso que trata o Projeto da
Prefeitura de Porto Alegre que, coerente com seu discurso de campanha, prometia
uma política de desenvolvimento para a cidade de Porto Alegre. É apenas isto:
nós estamos reduzindo aquela estrutura, até pelas as exigências do Tribunal de
Contas, e fiéis ao compromisso de campanha, criando uma estrutura que garanta
uma política pública para a política de turismo da nossa Cidade.
Evidentemente que isso é muito diferente daquele
Projeto que se referiu a Verª Sofia Cavedon que, no período eleitoral, enviava
para a Câmara a construção de 400 cargos. E, aí, Ver. Haroldo, ela não mudava o
nome da Secretaria. O nome continuava o mesmo, chamava-se Secretaria de
Educação e Cultura, mas tinha uma proposta de 400 cargos. Nós reclamamos, veio
um novo Projeto com 401. Quer dizer, não tem nada a ver com esta estrutura
enxuta, econômica, eficiente e coerente que nós estaremos votando logo mais,
daqui a alguns momentos.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 015/07.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, é exatamente no
sentido de votar... Eu me atrevo aqui a fazer um apelo ao eminente Ver. Haroldo
de Souza, um homem inteligente e que tem as suas razões quando postulou
determinados instrumentos. Mas eu acho, Ver. Haroldo de Souza, que é uma matéria
importante e V. Exª sabe e tem razão, quando solicitava uma secretaria para o
idoso. Concordo com Vossa Excelência.
Mas eu
acho que nós precisamos de votos, porque é uma transformação importante para
uma Secretaria. Nós somos a Capital de um Estado de fronteira, onde há um
potencial imenso, e a Casa representa os interesses maiores da população; a
decisão está na Casa, não no Executivo. Vejam, V. Exas Ver. Adeli Sell, sobre os nossos ombros
está a grande responsabilidade de instituirmos um instrumento para estimular o
desenvolvimento do turismo em nossa Cidade, no sentido de gerar emprego,
receita, fazer uma verdadeira união dos povos, porque o turismo também traz
isso. O turismo tem tudo a ver com a paz, em que os povos, as nações promovem
encontros etc. e tal. Então nem se pode conceber uma cidade como Porto Alegre
sem uma Secretaria de Turismo, quando grande parte esmagadora dos Municípios
tem Secretarias de Turismo.
Este
Projeto, na minha ótica, aos olhares da população, está esperando, sim, uma
votação unânime; esta votação da Casa está sendo olhada pela Cidade, e nós
temos que chegar à votação unânime para que a representação da Casa, que
representa os interesses maiores da Cidade, vamos dizer assim, saia também
fortalecida. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o PLE n° 015/07.
(Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 32 votos SIM e
01 voto NÃO.
Em
votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 015/07. (Pausa.) O Ver. Adeli
Sell, autor da Emenda, está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 02, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, 18 meses para a transição
entre o atual Escritório de Turismo, a feitura do concurso e a contratação com
servidores públicos municipais é um tempo correto, necessário, porque haverá
eleição no ano que vem, e, portanto, três meses antes e três meses depois não
pode haver contratação. Nós queremos apelar à situação que nos acompanhe nesta
Emenda. É uma Emenda que tem a preocupação com a transparência, com a coisa
pública, a consolidação de uma burocracia estável, que norteie o trabalho da
Administração da Prefeitura de Porto Alegre. Não é uma disputa
político-partidária; é um cuidado, um zelo com a coisa pública. Eu espero que,
pela coisa pública, pelo Dia Mundial de Turismo, todos votemos SIM à Emenda nº
02.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PT, a votação da
Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 015/07.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Verª Maria
Celeste, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, estamos propondo a
redução de 24 meses para 18 meses para a vigência do art. 6º que criou a parte
dos CCs.
Nós entendemos que a política de turismo, e por
isso votamos a favor, com restrições - o meu voto é a favor com restrições e o
da Bancada também –, porque não temos um gesto da base do Governo para a
redução do número de CCs, e nós entendemos que está, sim, superestimado.
Entendemos que a política de turismo nesta Cidade, que é tão necessária, deve
ser uma política de Estado com seqüência, com qualidade técnica, com permanência
de conhecimento, de políticas, de programas, de relações que esta Secretaria
vai estabelecer, de planejamento a médio e longo prazo. Esta Cidade quer fazer,
Ver. Professor Garcia, com o Governo, um planejamento, porque a iniciativa
privada não faz investimento se não tiver segurança numa aposta de investimento
especialmente nessa área. Para isso precisamos construir uma Secretaria que não
seja ao sabor do Governo eleito, que tenha políticas de Estado permanentes,
sérias e consistentes.
Então nós entendemos que, sim, se o Governo está
assinalando ou indicando que realizará concurso para prover cargos para esta
Secretaria, que encerraremos o período de Escritório, o período de Epatur, o
período de convênio, e vamos dar uma estatura ao turismo nesta Cidade. Nós
entendemos que isso tem que ser feito agora, no próximo período, e não ser
esperado o período eleitoral, ou o próximo ano.
Assim como outras tensões que esta Cidade viveu,
como o PSF, estamos esperando a vinda dos cargos dos agentes comunitários de
saúde e queremos estabelecer prazos para este Governo, pois isso ajuda a
Cidade, ajuda a cidadania.
A Cidade tem um investimento enorme, uma rede
hoteleira invejável, e ela é resultado de uma política pública importante que
inscreveu a cidade de Porto Alegre no mundo, Ver. Sebastião Melo, que foi o
Fórum Social Mundial. Os nossos três Fóruns Sociais Mundiais levaram,
transformaram a cidade de Porto Alegre como uma referência, como um lugar, como
um pólo de atração de encontros de todas as áreas, de encontros internacionais.
A nossa Cidade pode se orgulhar de ser um lugar onde há um turismo de produção
de conhecimento, de encontro de movimentos do mundo inteiro que querem proteger
o Planeta, que querem mudar a lógica desigual deste mundo. Este é o grande orgulho
da cidade de Porto Alegre. E para esse enorme orgulho, houve uma aposta numa
rede hoteleira maravilhosa e há outras apostas na produção local que têm que
ser feitas.
Agora, não dá para submeter isso à maioria de CCs,
cargos transitórios, cargos vinculados a Partidos políticos, Ver. Sebastião
Melo. Nós já dizíamos aqui – eu e a Verª Margarete -, a relação de CCs com
funcionalismo público, em outras Secretarias, é muito diversa da proposta para
a Secretaria do Turismo. E mesmo assim se fez um trabalho de extrema qualidade,
de investimento, de qualificação e de aposta no funcionário público.
Então, a proposta dos 18 meses, que o nosso Líder
assina, em nome da Bancada, é para de fato comprometer o Governo a substituir
os CCs por funcionários de carreira. Vamos ver se o Governo de fato quer
cumprir ou se coloca apenas para constar. Contamos com o voto da base do
Governo também para esta Emenda.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz, a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº
015/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM,
14 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº
015/07. (Pausa.)
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, colegas Vereadoras e Vereadores, nós poderíamos, conjuntamente,
festejar mais do que nunca o Dia do Turismo amanhã. Mas, dado o sectarismo do
atual Governo, a sua intransigência, Ver. João Carlos Nedel, o seu
autoritarismo, a sua falta de palavra, nós vamos encaminhar agora a Emenda em
que propomos diminuir apenas dois CCs dos 16. Os senhores e as senhoras da base
do Governo vão responder e eu vou falar aos quatro ventos desta Cidade, em nome
da Bancada do PT, que não é possível fazer acordo com este Governo! Vocês não
têm palavra! Ver. Mario Fraga, V. Exª cale a sua boca e ouça! Cale a sua boca e
ouça!
(Aparte anti-regimental do Ver. Mario Fraga.)
O SR. ADELI SELL: Eu estou na tribuna, Vereador!
Eu estou na tribuna, V. Exª se controle!
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Vereadores, há
um orador na tribuna, por gentileza.
O SR. ADELI SELL: É
impressionante, quando se tem uma folgada maioria e se colocam as suas posições
mesquinhas! Mesquinhas! A Bancada do PT ajudou o Governo inúmeras vezes,
inclusive na votação de Projetos fundamentais para a nossa Cidade, como os
financiamentos internacionais e o financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social! Os esforços que nós fizemos em relação à
Av. Baltazar, tudo o que nós fizemos aqui não tem reconhecimento, porque existe
a ditadura de uma coligação que não tem propostas, não tem o que dizer sobre os
mil dias de desgoverno, de descalabro que existe na Cidade!
Nós temos uma proposta: diminuir dois CCs. Fomos
governo, reconhecemos os limites do Escritório de Turismo! Dissemos, inclusive,
que nós já deveríamos ter feito o que hoje está sendo apresentado! Nós temos a
grandeza de reconhecer os nossos limites! Nós sabemos fazer autocrítica! Mas as
senhoras e os senhores que representam aqui o Governo de José Fogaça não podem
fazer qualquer crítica, não têm autoridade para tal! O Ver. João Carlos Nedel,
que é da base do Governo, sabe que nós temos diálogo, nós temos intervenção... Eu vou
escrever hoje ainda para as entidades representativas, para dizer que o Governo
de José Fogaça, representado pela Liderança da Verª Clênia Maranhão, do Ver.
Mario Fraga, não tem condições de continuar qualquer diálogo. Amanhã haverá
atividade do Turismo! Eu vou falar! Eu não vou calar! A TVCâmara está aqui
acompanhando, pessoas estão nos vendo! Não é meu perfil gritar, mas com as
senhoras e senhores que não ouvem, que são surdos aos reclamos, ao debate, ao
diálogo, eu grito: vocês traíram a nossa confiança! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PT,
a votação da Emenda n.º 03, destacada, ao PLE n.º 015/07.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos acompanha,
assistência do Canal 16, aqui nós tivemos uma cabal mostra do que tem sido esse
Governo e a sua base. Porque, quando se faz acordo, Ver. Nilo, espera-se que a
parte que o compôs tenha ética, palavra e cumpra as coisas. Agora a gente viu
que, além da incompetência, esse Governo também não tem palavra, aqui
representado pela sua base. Fizemos a Emenda porque achávamos, acreditávamos
que ela era razoável. Falei aqui antes, Ver. Guilherme, que o Município não
está pagando as contas, até o final do ano, no que se refere aos fornecedores,
aos serviços, às obras, porque não tem dinheiro; agora, quando nós vamos
exercer o nosso papel de Parlamentares, de pessoas que têm a responsabilidade
de examinar, de avaliar com profundidade, de decidir, de fiscalizar o Executivo
e de legislar, quando temos a oportunidade... E, no sentido de ajudar a Cidade,
fizemos acordo com a base do Governo, e essa rompeu o acordo, faltou com
palavra. Eu pensava que era só competência que faltava ao Governo, mas falta
competência, falta palavra, falta ética, porque isso é falta de ética! Nós
fizemos o acordo de votar a favor do Projeto pelo bem da Cidade, porque achamos
que temos responsabilidade para com a Cidade. Agora, o que nós vimos aqui é uma
demonstração, entre outras tantas – dezenas -, de patrolamento, de política de
maioria, de política de patrola, de desprezo à democracia, de desprezo ao
debate político e à construção democrática das coisas que dizem respeito à
nossa Cidade, aos recursos públicos, fundamentalmente. Aliás, não é por acaso
que se suplantou uma CPI do lixo; não é por acaso que os grandes debates que
deveriam ser feitos nesta Cidade foram sufocados pela maioria do Governo,
porque aqui se tem uma fé cega, não sei, talvez em função dos cargos, da
distribuição de cargos que se cria, dos negócios, inclusive a base do Governo
vence, muitas vezes, fazendo defesa de coisas completamente insustentáveis.
Completam-se
mil dias de Governo Fogaça, para além da tragédia que vem aqui, na direção do
desrespeito, no menosprezo ao conjunto de Vereadores, como vem a proposta do
Plano Diretor.
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Não acene que não, Ver. Nedel, porque o senhor é um cordeirinho que só diz sim
ao Governo! O que nós vemos é uma proposta de lei que vem para cá com 160
anexos, com o anúncio que virão mais 50 e mandam aqui para a gente discutir e
aprovar a Lei mais importante da Cidade.
Então,
é com isso que nós vamos tratar? Com a postura da base do Governo de não ter
palavra, de não cumprir acordo, de não respeitar o diálogo e as tratativas? É
assim que vai se fazer? Lamentavelmente, estamos muito mal, mesmo, e pobre de
Porto Alegre. Ainda bem que o ano que vem tem eleição e a Cidade vai saber e
vai examinar essa conta, Ver. Adeli, porque a justiça tarda, mas não falha.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do
PMDB, a votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Verª
Maria Celeste, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a
esta tribuna tão-somente para dizer que a Bancada do PMDB desconhece ou não
tomou conhecimento de qualquer acordo. Dessa forma nós votamos com a base do
Governo, porém não queremos esses ataques, até porque nós não sabemos e não
temos conhecimento, até então, de acordo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Mario Fraga está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PDT, a
votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. MARIO FRAGA: Presidente
Maria Celeste, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, público que
comparece às nossas galerias, vim encaminhar, pela Bancada do PDT,
contrariamente a essa Emenda, e também, Vereadora-Presidente Maria Celeste,
falar das agressões que sofri por um Vereador pelo qual tenho muito respeito, o
Ver. Adeli Sell, Líder do Partido dos Trabalhadores. Para minha felicidade, já
estou na Vice-Liderança do Governo Fogaça há quase três anos, e é a primeira
vez, parece-me, que o PT, através do Ver. Adeli Sell, fala que este Vereador
não tem palavra e que descumpriu o acordo. E cita, para quem está assistindo a
TVCâmara, o meu nome.
Eu
gostaria que ele falasse que eu fiz acordo com ele e dou duas testemunhas. Com
o meu jeito de ser no plenário, Ver. João Antonio Dib – V. Exª me conhece tão
bem -, tanto faz eu estar lá na ponta, com o Ver. Claudio Sebenelo, como estar
aqui com o Ver. Alceu Brasinha, como estar ali com o Ver. Aldacir Oliboni, com
o Ver. Carlos Todeschini, com o Ver. Guilherme Barbosa, para mim tanto faz, eu
não tenho esse topete de vir aqui e falar com todo mundo! Ver. João Antonio
Dib, eu fiz todos os acordos até agora. Será que nesse, que é uma Secretaria de
Turismo, depois de estar três anos aqui na Casa, eu vou quebrar minha palavra?
O senhor acredita nisso, Ver. João Antonio Dib, que eu vá quebrar minha palavra
aqui na Casa, depois de estar aqui há três anos, eu, suplente? Todos sabem as
posições que assumo!
Agora,
eu dou testemunhas - se o Adeli não dá testemunhas, eu dou -, a Verª Margarete
Moraes e o Ver. Carlos Todeschini. Eu as dou como minhas testemunhas, pois eu
fui ali e pedi para o Adeli fazer o acordo e ele não quis, só se botasse o
Plano Diretor no negócio, no acordo! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PSDB, a
votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Verª
Maria Celeste, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, com toda
certeza eu não iria encaminhar, não estava preparado para encaminhar nem o
Projeto nem as Emendas, muito embora eu os conheça muito bem. Mas dadas todas
as agressões que foram feitas na tribuna, eu me senti na obrigação de vir aqui,
porque, afinal de contas, eu tenho que prestar contas para a população, porque
eu represento, aqui, essa população há muito tempo. Com toda certeza, Ver. João
Dib, este Vereador que tem um Partido que faz parte da base do Governo não fez
nenhum tipo de acordo, hoje, com ninguém aqui deste Plenário. Nenhum acordo!
Nenhum! Quem disser que este Vereador fez algum acordo, mente! Mente! Este
Vereador, sempre que empenhou a sua palavra, nunca deixou de cumpri-la! Eu
estou aqui nesta Casa há 25 anos e eu desafio alguém que diga que, em algum
dia, eu deixei de cumprir com a minha palavra. Eu sempre cumpri com a minha
palavra. Então, por favor, que os destemperos sejam feitos, mas que haja
limites, pois não se pode chegar e ofender todas as pessoas, todos os
Vereadores desta Casa. E não é por que se perde uma emenda, ou se perde um
Projeto, que se vai sair por aí xingando todo mundo! Os Vereadores não têm
obrigação, Ver. Elói Guimarães, de votar a favor dessa ou daquela matéria! Nós
temos obrigação, Ver. Mario Fraga e Ver. Adeli Sell, de defender a sociedade
com relação às boas propostas que chegam aqui! Mas eu não tenho, Ver. João Dib,
nenhuma obrigação de votar com este ou com aquele Vereador, até porque eu acho
que isso seria uma coisa irreal: deixarmos de defender a sociedade para defender,
aqui, um trabalho pessoal de alguém. Realmente, eu acho que isso não poderia
ser assim.
Eu
observei que, na primeira votação, o PT montou uma estratégia para não dar
quórum, e os Vereadores do PT não votaram até o momento em que viram, no
painel, 19 votos a favor! Somente depois que viram 19 votos no painel é que
eles votaram! Então, eu poderia dizer: se houve algum acordo com alguém, os
Vereadores do PT, mais uma vez, quebraram esse acordo - e eu já vi os
Vereadores do PT quebrarem, muitas vezes, acordos aqui nesta Casa. Então, a
estratégia que houve é que, primeiro, eles esperaram para ver se não dava
quórum - o que eles queriam é que não desse quórum -, depois que eles viram que
o quórum de 19 Vereadores estava registrado, que o Projeto já estava aprovado,
Ver. João Antonio Dib, aí vieram os votos do PT. Digam se não foi assim! Digam
que não foi assim! Foi exatamente assim que aconteceu! Então, se existe alguém
sem palavras, sem moral e sem ética, são os Vereadores aqui deste canto. Os
Vereadores, pelo menos este Vereador, não fez nenhum acordo, e sempre que
alguém estabeleceu algum acordo com este Vereador, este Vereador nunca deixou
de cumprir. Então eu peço, por favor, que esta tribuna seja respeitada, que
aqui se fale verdades, que aqui não se fale mentiras, e que aqui não se ataque
homens honestos, porque, afinal de contas, nós todos aqui estamos representando
aquilo que melhor acreditamos para a sociedade. E não se faz política assim -
ao se perder uma emenda não se sai atacando todo mundo como se, realmente,
fossem donos da verdade. “Para tudo aquilo que fazemos, todo mundo tem de se
dobrar e dizer amém”. Olha, quem vem fazer política aqui, assim, eu acho que
está no lugar errado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação a
prorrogação da Sessão por mais duas
horas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O
SR. ERVINO BESSON: Srª
Presidenta, até para que não fique uma coisa muito constrangedora, eu pediria
ao nosso estimado colega, Ver. Adeli Sell, em nome da Bancada do PDT, como ele
se dirigiu de forma tão agressiva ao colega Ver. Mario Fraga - que tem um
respeito com todos os Vereadores e Vereadoras - que ele retirasse aquelas
palavras quando ele mandou, de forma tão agressiva, o colega Vereador calar a
boca.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PTB, a
votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, fui tomado de absoluta surpresa com as
manifestações e as falas aqui do Ver. Adeli Sell e do Ver. Carlos Todeschini
quando colocaram em altos brados, não precisava ser em tão altos brados, que
havia um acordo. Eu devo confessar aos que nos ouvem que nós não fizemos nenhum
acordo. O Partido Trabalhista Brasileiro não fez nenhum acordo, pois se faz
acordo, cumpre. Nós já temos uma tradição histórica, nesta Casa e no Estado, de
cumprir acordos. Nós queremos declarar, aqui, o peso da responsabilidade da
nossa Bancada, de que não fizemos acordo. Sequer alguém chegou para a Bancada
do PTB e disse que tínhamos um acordo com as Emendas. Portanto, que fique clara
a nossa posição: negar e dizer que, absolutamente, o PTB não fez acordo, o PTB
não recebeu nenhuma informação, nenhum pedido neste sentido. Porque, se nos
tivessem pedido, não haveria porque não fazer um acordo, uma vez que é da
tradição do Parlamento fazer acordo. Agora eu acho, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, que é da natureza da oposição fazer oposição. Evidentemente,
determinados expedientes não se recomendam. Pode-se votar a favor, votar
contra, concordar ou não concordar, isso é da natureza do Parlamento. O
Parlamentar tem que ser soberano, independente para expressar a sua vontade. E
não se pode entrar num processo de crise diante de um resultado insatisfatório,
diante de uma ação inexitosa no Parlamento, porque, do contrário, nós
criaríamos uma situação de instabilidade no Parlamento. Nós temos o direito de
usar o nosso voto, de trabalhar da forma como entendemos, todavia, não temos o
direito da agressão; não fica bem à Casa, não fica bem ao Parlamento o direito
da agressão. Também sabemos agredir; se necessário - fica aqui a minha
manifestação -, sabemos agredir; aliás, agredir, não; fazer o contra-ataque à
agressão. Por isso, eu acho que nós temos de usar, Verª Margarete Moraes, os
nossos instrumentos, a inteligência, para, aqui no debate, nas decisões,
sustentar, tornar concretas as nossas posições. Agora, o que eu afirmo
novamente, para que os Anais transcrevam, para que saibam é que, de parte da
nossa Bancada, não houve acordo; por outro lado, não recebemos da Liderança da
base - nem da Verª Clênia Maranhão, nem do Ver. Mario Fraga - nenhuma
solicitação, nenhum pedido no sentido de votarmos favoravelmente às Emendas do
Ver. Adeli Sell. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PPS, a
votação da Emenda n.° 03, destacada, ao PLE n.° 015/07.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, nós acabamos de votar um importantíssimo Projeto
para a cidade de Porto Alegre, Projeto encaminhado pelo Executivo, vindo da
Prefeitura Municipal a esta Casa, que cria uma Secretaria de Turismo no nosso
Município. Já dizia antes que a estrutura atual é uma estrutura considerada
inadequada, inclusive do ponto de vista jurídico; é um Escritório que trabalha
com convênio, o que é considerado inadequado do ponto de vista jurídico pelo
próprio Tribunal de Contas. Nós estamos, então, neste momento, aprovando um
Projeto do Executivo, um Projeto que corresponde aos seus compromissos de criar
uma política de desenvolvimento para Porto Alegre. Portanto, nós estamos de
parabéns, como Câmara Municipal de Porto Alegre, por cumprirmos a nossa função
de representantes da Cidade e por fazermos avançar a construção de um
instrumento legal, adequado, moderno, absolutamente enxuto para implantar
políticas públicas de turismo na nossa Cidade.
Estabeleceu-se
aqui uma polêmica que eu quero, inclusive, recuperar, para que recuperemos a
verdade sobre os fatos. Houve um acordo de Mesa na reunião das 11 horas de
segunda-feira - houve um acordo de Mesa, com todos os Líderes - no sentido de
que colocaríamos como prioridade de votação o Projeto que cria a Secretaria de
Turismo, considerando, inclusive, que na segunda-feira se iniciava a Semana do
Turismo, a semana agora em curso. Neste plenário, às 14 horas chegava a
Secretária Ângela Baldino, que visitou todos os Vereadores, questionando se
havia alguma dúvida sobre esse Processo. A Secretária, acompanhada pelos
Líderes, fez um debate importante, para que não houvesse nenhuma dúvida sobre o
conteúdo do Projeto. Houve uma solicitação da Bancada de oposição, do Partido
dos Trabalhadores, para que não votássemos esse Projeto na segunda-feira, e,
mesmo tendo feito um acordo, para nós era importante, enquanto Governo,
votarmos já esse Projeto para criar a Secretaria, abrindo a semana, mas, pelo
jeito de fazer política do nosso Governo, pelo jeito de fazer política dos
nossos Vereadores da base do Governo, nós nos reunimos, de forma democrática,
flexível, de forma dialogada e aceitamos a proposta da oposição. Se fôssemos
intransigentes, se não fôssemos “dialogais”, teríamos votado esse Projeto na
segunda-feira.
Quero
dizer para as Sras
Vereadoras e para os Srs. Vereadores que não foi unânime essa nossa decisão. O
Ver. Mario, eu e outros Vereadores achamos que sim, que isso era uma
demonstração de boa vontade, de diálogo com a oposição, porque nós achamos que
esta Casa representa o todo da Cidade, que todas as manifestações devem ser
expressas. Abrimos mão da decisão, abrimos mão de comemorar essa vitória no
primeiro dia da Semana Internacional de Turismo e transferimos para hoje. Quero
registrar a enorme boa vontade, na reunião de segunda-feira, por parte do Líder
do PT, Ver. Adeli Sell, que tem um compromisso com essa área do turismo. Tive
um longo e profundo debate com a Verª Sofia Cavedon que questionava
isso legitimamente, mas ela, o tempo todo, tentou postergar essa discussão,
boicotou o que deu a votação de segunda-feira, que foi transferida para hoje,
e, hoje à tarde, o Ver. Adeli Sell sugeriu duas Emendas. Tudo absolutamente
legal, civilizado, sem nenhum problema.
O Ver. Mario Fraga, com seu estilo absolutamente
negociador, conversou com todos os Vereadores - foi ele que encaminhou o
processo de discussão. Nós fizemos uma discussão com o Governo, com o
Secretário Adjunto, que passou a tarde conosco, ajudando-nos no debate, e nós
avaliamos que as duas Emendas do Ver. Adeli Sell não eram consideradas por nós,
os Vereadores da base do Governo, como Emendas que aprimoravam o Projeto. Quero
dizer que, muitas vezes, as Emendas são aceitas, e recordo que o último Projeto
que nós discutimos com a oposição foi o que criou o Conselho de Segurança
Alimentar, e ele foi muito enriquecido pelas Emendas dos Vereadores da base do
Governo e pelos Vereadores da oposição, inclusive pelo próprio Ver. Adeli Sell,
que contribuiu para o aprimoramento daquele Projeto.
Uma coisa é o acordo de prorrogar a votação; uma
coisa é o acordo para receber as Emendas; uma coisa é o acordo para ouvir;
agora, sobre o conteúdo, sobre a essência da Emenda, cada um tem que votar com
a sua consciência, e o Ver. Mario Fraga consultou os Vereadores de todas as
Bancadas da base do Governo, e achamos que as Emendas do Vereador piorariam o
Projeto, porque o prazo apresentado talvez não fosse suficiente de redução do
concurso público, porque poderia faltar tempo para se fazer o concurso e fazer
a contratação, então, isso poderia prejudicar o processo.
Quero dizer, também, que é um Projeto extremamente
enxuto, porque, hoje, 21 pessoas recebem dinheiro público para trabalhar no
Escritório, via convênio. Nós mantemos isso, inclusive três cargos serão
revogados, e os demais cargos serão, depois, absorvidos ou não, porque haverá
um concurso público; nós defendemos isso, e isso está explícito no Projeto.
Eu acho que a agressão contra o Ver. Mario não foi
justa por parte do Ver. Adeli, acho que ele foi muito insuflado por alguns
Vereadores que não acompanharam o processo de discussão desde o início. Acho,
inclusive, que, nesse caso, ele deve desculpas ao Vereador.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar, pela Bancada do PP, a votação
da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 015/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, é preciso
que a verdade seja estabelecida. Então, eu quero dizer que, em nome da Bancada
que eu tenho a honra de liderar, não se fez nenhum acordo com ninguém. Na
segunda-feira, quando eu fui procurado pela Secretária Ângela Baldino, eu dei a
minha posição.
E
também devo dizer, por uma questão de ética, agora, que, na segunda-feira,
quando eu coloquei a minha posição, aqui, o Vereador que falou em seguida,
também do PT, disse que seria aprovado por unanimidade. Eu avisei à Secretária
Ângela Baldino sobre a minha posição: eu não votaria contra e não votei.
Em
segundo lugar, pela mesma questão de ética, ainda, como eu fico aqui sentado o
tempo todo, prestando a atenção em tudo, na verdade, até chegar aos 20 votos, a
Bancada do PT não votava, porque havia um voto contrário; quando fez 19 votos
favoráveis, aí eles votaram. Portanto, eu entendo que o Ver. Adeli Sell ficou
brabo, não é o hábito dele, é um homem educado, mas ficou muito brabo, saiu
fora do seu normal e gritou bastante. E agrediu, sem querer, provavelmente,
todos os Vereadores da situação. Não deveria ter feito isso, tenho certeza de
que ele deve estar arrependido.
Agora,
por uma questão de ética, também, se o Projeto tivesse sido votado na
segunda-feira, todos os atritos que aconteceram aqui, hoje, não teriam
acontecido. E nós encerramos a Sessão às 17h30min e eu não entendi por que o
Projeto foi adiado por uma Sessão. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar, pelo DEM, a votação
da Emenda n° 03, destacada, ao PLE n° 015/07. (Pausa.) Ausente.
Em
votação nominal, por solicitação da Presidência, a Emenda nº 03, destacada, ao
PLE nº 015/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08
votos SIM, 16 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O
SR. ADELI SELL: Eu
queria, se alguém da base do Governo se sentiu ofendido por minhas falas ou
alguma alocução pessoal, pedir desculpas, mas mantenho, evidentemente, a minha
posição política. Obrigado. (Palmas.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1976/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 043/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que cria a Frente Parlamentar do Turismo – FRENTUR – na
Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 26-09-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PR nº 043/07. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2987/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/07, de autoria do
Ver. Carlos Comassetto, que institui a Semana Municipal da Agricultura
Ecológica, a ser realizada anualmente, na quarta semana do mês de setembro, que
passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre,
e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 26-09-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLL nº 096/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, quero fazer o registro de que todos os Projetos estão sendo
votados pelo art. 81.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): É,
de fato, Ver. Dib, muito bem lembrado, e todos com o Parecer da Comissão de
Constituição e Justiça, um acordo desta Mesa com as Lideranças, desde o início
deste ano.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento):
Srª Presidenta, solicito que seja feita verificação de quórum.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Solicito a liberação do painel para que possamos proceder à verificação de
quórum. (Pausa.) (Após a abertura do painel eletrônico.)
Oito
Srs. Vereadores presentes, portanto, não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 19h16min.)
*
* * * *